Alegando ataques após desfile de 2022, presidente renuncia comando da Lienca
Ex-presidente diz temer novos ataques e que isso prejudica sua vida profissional e pessoal

Após dois anos a frente da Lienca-CG (Liga das Entidades Carnavalescas de Campo Grande), Alan Catharinelli renunciou ao cargo de presidente da entidade. Em carta entregue na última sexta-feira (15), ele alega ter sofrido ataques após o desfile de 2022 e teme sofrer novas retaliações.
O documento foi entregue durante assembleia da entidade. Também renunciam aos cargos o 1º diretor financeiro Eduardo de Souza Neto, a 2ª secretária Mariza Ocampos e as assessoras jurídicas Helen Ferreira e Jeruza Loubet.
Na carta, também enviada ao Campo Grande News, Alan diz encerrar a trajetória após dois anos de muito trabalho, esforço, dedicação, amor e respeito e afirmando que a vida foi praticamente 100% dedica à Lienca neste período.
“O maior desafio da minha vida, dedicação exclusiva, a Liga nesse período esteve em primeiro lugar nas minhas prioridades. Foram dois anos de muito trabalho, assumir administrativamente a nossa Liga em plena pandemia foi um grande desafio, e também não é para qualquer um, assumi sem dinheiro em caixa e com dívidas, usei da criatividade, impulsionei as redes sociais para manter nossas comunidades informadas do nosso trabalho”, diz parte do texto.
O ex-presidente conta ainda ter conseguido grandes parceiros públicos como a Prefeitura de Campo Grande e o Governo do Estado, garantindo ainda o aporte financeiro de R$ 1.250.000 repassados para o Carnaval de 2022.
No entanto, após o resultado dos desfiles, que acontecera dia 24 de abril deste ano, ele alega que sofreu inúmeros ataques criminosos nas redes sociais de alguns integrantes de escolas de samba, como acusações sobre a honestidade do trabalho realizado pela entidade.
“Sou Servidor Público do Governo do Estado de MS há 16 anos, uma vida ilibada, não respondo a nenhum tipo de processo na vara civil ou criminal, tenho a minha consciência de que as acusações são infundadas e mentirosas, mas quando são expostas em redes sociais para o mundo inteiro a situação é diferente, a minha vida, o meu trabalho à frente a Liga foram expostos negativamente”, pontua Alan.
Ele termina a carta dizendo que gostaria de encerrar o mandato de forma legítima, mas que teme novos ataques pelas comunidades e que isso poderia prejudicar tanto sua vida profissional como a particular.
“Desejo a nova presidente Marilene Pereira De Barros e a sua diretoria muito sucesso e que trabalhe incansavelmente para realizar os desfiles das escolas de samba e manter a nossa tradição carnavalesca”, finaliza Catharineli.