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Capital

Alvo de assaltantes pela 2ª vez, estudante diz que reagiu sem pensar

Jovem baleado ontem foi vítima de tentativa de assalto no mesmo ponto de ônibus

Bruna Kaspary | 03/10/2017 11:43
Fábio Henrique se recupera na Santa Casa depois de ter sido baleado por reagir a assalto (Foto: Bruna Kaspary)
Fábio Henrique se recupera na Santa Casa depois de ter sido baleado por reagir a assalto (Foto: Bruna Kaspary)

Fábio Henrique Silva de Oliveira, 20, diz que não pensou quando reagiu a uma tentativa de assalto sofrido nes segunda-feira (2), quando estava indo para a escola. Ele revelou ainda que esse foi o segundo assalto sofrido em menos de três meses, no mesmo ponto de ônibus.

Depois de ser atingido por um tiro, ele foi pedir ajuda na casa da tia, que mora em frente ao local do assalto. “Eu até achei que era brincadeira. Achei que eram uns amigos meus do bairro”, lembra Oliveira.

Como havia pouco tempo do primeiro assalto, ele não acreditou que estavam tentando assaltá-lo novamente. “O outro foi bem parecido, só que pela manhã, eu estava indo para o trabalho, nesse eu ia para a escola”.

Ele lembra que nas duas situações dois jovens em uma bicicleta se aproximaram dele anunciando o assalto. “Eu não imaginei que um deles pudesse estar armado”.

Explicando sobre como aconteceu o assalto, Oliveira diz que foram feitos dois disparos, mas somente um o acertou. "Eles foram embora correndo. Também estavam assustados, não pensaram que eu reagiria assim", afirma. Ele lembra também que, como estava escuro já, não conseguiu ver direito os assaltantes. "Eu não pensei em reagir, quando percebi estava lutando com um dos assaltantes".

Logo depois da fuga da dupla, o estudante correu para a casa da tia pedindo ajuda. "Eu falei: Tia, tentaram me assaltar. Acho que me acertaram. Ela disse: Deixa eu ver?! Daí já ligou para a minha mãe".

Temendo que pudesse demorar muito o atendimento, caso Oliveira fosse levado de carro, resolveram chamar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). "Minha mãe disse que, para garantir que seria atendido rápido era melhor chamar o Samu".

Quando questionado se, em caso de novo assalto, ele reagiria novamente, o estudante não soube confirmar. "Foi no calor do momento, não ia aceitar levarem meu celular de novo".

Ele deu entrada na Santa Casa por volta das 20h, e passou por acompanhamento de um cirurgião torácico, por conta de onde o tiro atingiu ele. Nessa manhã o estudante foi transferido da área verde do Pronto Atendimento da Santa Casa para a enfermaria. "Quero falar com minha mãe, desde ontem não consigo falar com ela".

Oliveira diz que é comum assaltos na região do bairro Vila Nova Campo Grande. "As mulheres vivem com medo. Ninguém sai de noite lá, mas como é o único horário que eu tenho para estudar, eu tenho que sair"

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