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Capital

'Alvo fácil', vítima de sequestro diz que pretende processar shopping

Anny Malagolini | 11/08/2016 15:04
Área de estacionamento onde jovem foi assaltado (Foto: Alcides Neto)
Área de estacionamento onde jovem foi assaltado (Foto: Alcides Neto)

Após sair da academia, um susto. O empresário Rodrigo Insfran, 34 anos, conta ter sido vítima de um assalto relâmpago na noite de quarta-feira (10), no estacionamento do Shopping Norte Sul Plaza, logo após deixar a academia que frequenta naquele local. Foram pelo seis horas como refém na mira de uma arma, e a justificativa dos assaltantes: “alvo fácil”. Agora, ele quer processar o estabelecimento.

Rodrigo relata que, depois de deixar a academia, seguiu para o estacionamento do shopping e entrou no seu carro, um New Fiesta. “Fiz uma ligação, ainda com o carro desligado, e em segundos um assaltante entrou no meu carro pela porta de trás. Colocou uma arma atrás do banco e deu início ao sequestro”, lembra. 

Depois disso, o empresário disse que ainda dirigiu até o outro lado do estacionamento, onde um comparsa do sequestrador armado surgiu e assumiu a direção de seu carro. “O carro falhava, não conseguia dirigir. Um segurança até olhou, mas ninguém veio perguntar se estava tudo bem”.

"Demos de sair do shopping, demos uma volta pelo centro, eles não sabiam onde me levariam. Estavam em dúvida se seria a Duque de Caxias ou para o final da Coronel Antonino. No fim, me levaram até a saída para Aquidauana (prolongamento da Avenida Duque de Caxias)".

Segundo Rodrigo, durante o percurso surgiu um terceiro envolvido, que direcionava os assaltantes pelo telefone, inclusive, o destino do carro também teria sido definido pela ligação. “Desde o início disseram que queriam levar apenas meus pertences, mas fizeram uma entrevista comigo. Desde onde eu morava ao local onde eu trabalhava. Queriam até ir na casa da minha mãe, mas como eu estava tranquilo, consegui manter minha família longe disso”.

Quando chegaram no ponto combinado entre os criminosos, Rodrigo informou que foi amarrado com uma corda e permaneceu na mira do assaltante por algumas horas. Enquanto isso, um dos envolvidos tinha o objetivo de atravessar o veículo na fronteira do Brasil com o Paraguai, onde seria revendido por R$ 6 mil.

Quando a história parecia estar chegando ao fim, segundo a vítima, um novo comparsa dos criminosos chegou para vigia-lo. A ordem era de me liberar só depois que o carro já estivesse em outro país”, detalhou.

E depois de algumas horas, ele finalmente conta ter sido liberado. Para conseguir socorro, ele diz ter caminhado alguns quilômetros, e criticou as condições da cidade. “Caminhei pela avenida por mais 1 hora até encontrar um socorro. Não tinha iluminação, nem qualquer orelhão. Ali é um breu, andei bastante até conseguir telefonar para a minha família”.

Depois do susto, o empresário afirma que irá processar o shopping e pedirá indenização. “Nunca imaginei passar por isso, ainda mais em um estacionamento de shopping. Imagino se fosse uma mulher, o que teria acontecido”, comentou.

A administração do Shopping Norte Sul Plaza informou que está verificando o ocorrido, e que colaborará com a investigação policial para elucidar o crime. O automóvel ainda não foi localizado.

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