ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 30º

Capital

Amiga conta que mãe passeou com bebê morta e pai diz que não há prova de abuso

Segundo a Polícia Civil, a mãe confessou que matou a filha de cinco meses, afogada debaixo do chuveiro

Viviane Oliveira e Ana Oshiro | 23/06/2021 08:37
Casa da mãe e bebê na Vila Jacy, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Casa da mãe e bebê na Vila Jacy, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

Testemunha de 29 anos, amiga de  Gabrieli Paes da Silva, 21 anos, suspeita de matar a filha de 5 meses afogada, contou que a mulher passeou com a criança morta no carrinho. O caso aconteceu na noite de ontem (22), em Campo Grande. A bebê foi levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon e tinha sinais de estupro.

Segundo a amiga, que pediu para não se identificar, por volta das 20h, Gabrieli chegou em sua casa, no Jardim Jacy, com a filha no carrinho. Depois de uns 40 minutos de conversa, a testemunha notou a criança muito quieta e ao tocar no braço dela, percebeu que estava muito fria, já em óbito.

Rapidamente, a amiga e outra mulher que estava na casa colocaram Gabrieli e a filha dentro do carro e levaram para a UPA. “Ela chegou normal em casa e ficou conversando”, disse a amiga.

Quintal de residência onde bebê foi levada já sem vida (Foto: Henrique Kawaminami)
Quintal de residência onde bebê foi levada já sem vida (Foto: Henrique Kawaminami)

O Campo Grande News apurou que a na entrada no posto de saúde foi por volta das 22h20. Equipe levou a criança e começaria manobras de reanimação quando percebeu que o bebê já tinha o corpinho enrijecido, sinal de que estava sem vida há algumas horas pelo menos. Os profissionais de saúde perceberam que a menininha tinha lesões na vagina e no ânus e em seguida, acionaram a polícia. O prontuário médico será mantido em sigilo, mas entregue às autoridades que investigam o caso.

Mãe e bebê moravam sozinhas. O eletricista Fábio Costa Souza, 40 anos, pai da criança, esteve na  unidade de saúde e prestou depoimento à polícia.

No Facebook, na página do Campo Grande News, Fábio comentou a reportagem sobre o assunto dizendo que, por enquanto, ninguém sabe nada a respeito do que levou a mãe a matar a filha.

“Ainda não sabemos nada a respeito do acontecido, sabemos que a minha ex-namorada matou a minha filha. Porém, não há indícios que provem suposto abuso”, escreveu. “Nossa família está sofrendo muito”, complementou.

"Chip da besta na cabeça" - Conforme a delegada Fernanda Piovano, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), após levar a filha já morta para a unidade de saúde, Gabrieli confessou o crime. Detalhou ter afogado a menina porque ela estava com o “chip da besta na cabeça” e negou ter visto qualquer sinal de estupro.

O corpo da bebê foi levado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para exame necroscópico. O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à mulher), mas será investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Nos siga no Google Notícias