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Capital

Amigo de infância assume que matou presidiário e alega legítima defesa

Vítima chegou a mandar vídeo prometendo matar o suspeito. Imagens foram entregues a polícia

Geisy Garnes e Clayton Neves | 09/07/2019 16:43
Arma do crime foi entregue a polícia pelo suspeito (Foto: Clayton Neves)
Arma do crime foi entregue a polícia pelo suspeito (Foto: Clayton Neves)

O autor dos disparos que mataram Frank Johnny de Oliveira Rios, de 25 anos – no dia 28 de junho, no Jardim Aero Rancho em Campo Grande – se apresentou a polícia e alegou ter agido em legítima defesa. Em depoimento o suspeito afirmou que era ameaçado pela vítima e por isso cometeu o crime.

Rui Ney de Arruda Rodrigues, de 18 anos, se apresentou na 5º Delegacia de Polícia Civil na tarde do dia 2 de julho e confessou o crime. Ele afirmou a polícia que era amigo de infância da vítima, mas que após uma discussão por “motivos banais” passou a ser ameaçado.

O suspeito detalhou ao delegado João Reis Belo, de 5º Delegacia de Polícia Civil, que o desentendimento começou logo após Frank Johnny fugir da prisão e que por isso começou a ser ameaçado de morte. Segundo ele, a vítima sempre passava frequentemente em frente a sua casa simulando estar armado e até chegou a enviar um vídeo afirmando que o mataria.

“Eu vou matar você safado”, diz Frank no vídeo que foi entregue a polícia por Rui Ney. Com medo das ameaças, o rapaz resolveu comprar um revólver calibre 38. “Ele alegou ter comprado a arma de um homem no Nova Lima por R$ 1,5 mil”, detalhou o delegado.

Rui Ney contou ainda que no dia do crime, 28 de junho, Frank voltou a passar em frente a sua casa. Ele saiu do imóvel já armado e fez cinco disparos assim que a vítima desceu da moto para falar com ele. Quatro tiros a atingiram – um no ombro direito, um no ombro esquerdo, um no tórax e o último no rosto.

Mesmo ferido, Frank andou várias quadras até cair na Rua Arapoti, próximo ao Parque Ayrton Senna. Ele foi socorrido e levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Cophavilla, de lá transferido para a UPA Aero Rancho e em seguida para a Santa Casa, onde morreu horas depois.

Frank estava foragido há um mês do Centro Penal Agro-Industrial Gameleira quando foi morto e tinha uma longa ficha criminal. Segundo o delegado, a vítima foi presa em flagrante pelo menos cinco vezes – três por roubo, uma por tentativa de homicídio e uma por porte ilegal de arma.

Conforme o delegado, após prestar depoimento e entregar a arma do crime, Rui foi liberado, já que é réu primário, se apresentou espontaneamente e não estava em situação de flagrante. O caso, no entanto, continua em investigação para confirmar a versão apresentada pelo suspeito. “Vamos ouvir familiares e amigos dos dois. O autor será indiciado por homicídio e se condenado por pegar pena de 6 a 20 anos de prisão”, explicou Reis.

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