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Capital

Ao visitar amante, comerciante é torturado e morto a socos por irmãos

Viviane Oliveira | 23/02/2015 09:39
Família enviou foto do sepultamento da vítima. (Foto: Direto das Ruas)
Família enviou foto do sepultamento da vítima. (Foto: Direto das Ruas)

O comerciante Antônio Celso Cestari Amorin, 45 anos, foi morto a socos e pontapés - e até torturado - na noite do último sábado (21), na casa da amante dele, Adriana Araújo Rocha, na Rua Campo Nobre, no Jardim Campo Nobre, em Campo Grande. Os suspeitos de cometer o crime são os irmãos Caique Goes do Carmo e Edílson Goes do Carmo. A vítima, que morreu no posto de saúde do bairro Universitário, tinha duas lojas de roupas, uma no Jardim Aero Rancho e a outra no Tijuca. A família do comerciante está revoltada com o crime.

De acordo com uma prima da vítima de 45 anos, que pediu para não ter o nome divulgado, por volta das 22h de sábado, Antônio recebeu uma ligação e saiu dizendo que já voltava. Quando foi 2h da madrugada de domingo (22), a família foi informada pela unidade de saúde que Antônio havia morrido após dar entrada com vários ferimentos.

“Ele teve traumatismo craniano, o rosto desfigurado e os dois pulsos quebrados. Antônio foi amarrado e espancado até a morte”, lamenta a parente. O comerciante era casado e mantinha há 5 anos relacionamento extraconjugal com Adriana. Segundo a família, a vítima havia dado um carro e montado uma loja de roupas para a mulher.

O crime - De acordo com relatos dos envolvidos no caso, Antônio chegou na casa da amante, estacionou o carro e entrou. Na frente da residência estavam Caíque, Edílson e a filha de Adriana, uma adolescente de 14 anos.

À polícia, os irmãos disseram que ouviram os gritos de Adriana e entraram para ver o que estava acontecendo. Antônio agredia a mulher e a filha tentou intervir, mas foi empurrada pelo comerciante. Os dois rapazes, então, amarraram Antônio e começaram a dar chutes e socos até a vítima desmaiar.

Em depoimento, uma testemunha relatou que ao perceber a briga, olhou pela fresta do muro e presenciou a pancadaria. O comerciante já estava desmaiado e ameaçou a dupla dizendo que chamaria a polícia caso o homem não fosse levado para o hospital. Os dois irmãos, então, colocaram a vítima no carro e levaram para o posto de saúde do bairro Universitário. Lá, Antônio morreu.

Caíque e Edílson foram registrar boletim de ocorrência por legítima defesa, mas acabaram detidos na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga. Os dois relataram ainda em depoimento, que o comerciante chegou ao local embriagado e agrediu Adriana e a filha.

Revolta - A família está revoltada com a situação e pede que a policia esclareça o crime. “Como alguém pode matar por legitima defesa uma pessoa que estava amarrada . “Antônio apanhou até desmaiar e depois morreu no hospital. Porque não chamaram a polícia? Ele teve traumatismo craniano, os dois pulsos quebrados e o rosto desfigurado de tanto apanhar”, lamenta uma prima da vítima.

A família diz que os suspeitos estão colocando a culpa de tudo que aconteceu em Antônio. “Ele já morreu e não pode se defender”, diz os parentes.

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