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Capital

Apesar de muito verde, arborização da Capital preocupa especialista

Espécies importadas e comuns na cidade, danificam calçadas e até a estrutura dos imóveis

Liniker Ribeiro e Tainá Jara | 26/09/2019 16:37
Apesar de muito verde, arborização da Capital preocupa especialista
Transtornos no passeio público envolvendo as árvores da espécie Ficus são comuns na Capital (Foto: Arquivo/Tainá Jara)

Que Campo Grande é muito bem arborizada, não há dúvidas. Mas o verde que colore os quatro cantos da cidade também preocupa especialistas. Isso porque, mesmo que 96,6% dos imóveis do município possuam ao menos uma árvore plantada – conforme dados da prefeitura apresentados durante evento na Câmara Municipal da Capital, na tarde desta quinta-feira (26), as espécies comuns na cidade podem não ser as ideais para a área urbana.

“As árvores aqui são exóticas, exportadas, ficam gigantes, quebram cercas e até casas”, pontua o professor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Carlos Lochi. Para ele, a quantidade de árvores na cidade parece ser um dado positivo, mas as espécies que encontramos aqui deveriam receber um manejo adequado, o que não acontece.

Lochi é um dos especialistas convidados para participar do I Ciclo de Palestras que discute o Plano Diretor da Capital. O evento tem o tema “Plano Diretor: construção de um pacto social para o futuro de Campo Grande”.

Entre os exemplos mais comuns na cidade, que apresentam características prejudiciais para o meio urbano, o especialista cita as espécies Ficus, Palmeiras e até seringueiras. “A seringueira não pode ser usada na área urbana, fica gigante, quebra tudo”, ressalta.

Apesar de muito verde, arborização da Capital preocupa especialista
Presidente da Câmara durante fala em evento que discute o Plano Diretor da Capital, nesta quinta-feira, ao lado de vereadores e especialistas (Foto: Tainá Jara)

Na semana passada, o Campo Grande News noticiou a queda de uma árvore da espécie Ficus, na Rua Espirito Santo, Bairro Jardim dos Estados. Mesmo sem chuva forte ou ventania, a queda ocorreu na madrugada do dia 18 de setembro e, por pouco, não deixou veículos destruídos.

Conforme o Plano Diretor de Arborização Urbana da Capital, a Ficus é considerada prejudicial à estrutura viária da cidade. “É uma espécie que deve ser plantada apenas em canteiros centrais amplos e com significativas áreas gramadas/ajardinadas”, destaca o manual.

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