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Capital

Após 12 anos de sossego, idosos vivem noite de terror na Capital

Viviane Oliveira e Nadyenka Castro | 17/04/2013 17:34
Idosa conta os momentos de terror que a família passou no chácara. (Foto: Marcos Ermínio)
Idosa conta os momentos de terror que a família passou no chácara. (Foto: Marcos Ermínio)

Após 12 anos de sossego, três idosos de 72, 74 e 77 anos viveram momentos de terror no início da noite de ontem (16) em uma chácara, que fica às margens da MS-080, a 15 quilômetros da área urbana de Campo Grande.

De acordo com o filho das vítimas, Milton Moretti, de 47 anos, os pais foram morar na chácara em busca de sossego e tranquilidade. A propriedade fica às margens da rodovia e, para chegar até a casa, que fica na parte alta do terreno, é preciso andar pelo menos 10 metros.

Milton contou que durante o dia ajuda os pais na lida, mas à noite trabalha em um restaurante na cidade. “Ontem eu fiquei até as 16h30 com os meus pais, depois fui trabalhar. Eles ficaram sozinhos com meu tio deficiente, que mora no mesmo terreno”, disse.

Por volta das 18h, a idosa foi tomar banho para ir a igreja com o esposo, quando foi rendida por três bandidos usando luvas, encapuzados e armados. O marido, que estava no pomar, também foi rendido ao voltar para o interior da residência. Em seguida, o tio também ficou na mira dos bandidos. “O susto é muito grande, a gente não sabe se vai sair viva ou morta”, destaca a mulher.

Violentos, os bandidos amarraram, amordaçaram e agrediram um dos idosos. Em seguida, os assaltantes reviraram toda a residência à procura de objetos de valor. Eles pegaram joias, R$ 500, a maior parte era da aposentadoria do deficiente, DVD, televisão e uma roçadeira. Os bandidos, que ficaram cerca de 1h na casa, fugiram levando os objetos no carro da família, um Fiat Siena.

Antes de ir embora, os assaltantes deixaram os três idosos sentados em uma cadeira e amarrados com uma fita adesiva, mas grossa que a comum. Para sair do quarto um dos idosos teve que quebrar a fechadura. “O meu pai conseguiu se soltar, em seguida soltou minha mãe e meu tio”, contou Milton.

"É preciso pena mais forte para o cara pensar duas, três vezes antes de cometer algum crime", disse Milton. (Foto: Marcos Ermínio)
"É preciso pena mais forte para o cara pensar duas, três vezes antes de cometer algum crime", disse Milton. (Foto: Marcos Ermínio)

Eles pediram ajuda para um vizinho, que acionou os familiares. Os idosos disseram que os ladrões aparentaram idade entre 20 e 25 anos. De acordo com Milton, a fazenda já estava à venda há algum tempo porque o pai não aguenta mais fazer o serviço pesado. "Depois do que aconteceu, o desejo de vender a propriedade aumentou".

Para Milton, enquanto não mudar a lei, esses crimes não serão resolvidos. “A certeza da impunidade é muito grande. É preciso pena mais forte para o cara pensar duas, três vezes antes de cometer algum crime”.

Depois da noite de terror, o que predomina na casa é o medo. “Eu não tive coragem nem de varrer a casa hoje. Eu quero esquecer, mas não consigo”, finaliza a idosa.

A delegada da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), Maria de Lourdes Cano, informou que os policiais estão no local levantando os dados, mas por enquanto ninguém foi preso.

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