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Capital

Após 25 anos de amizade, mulher afirma que ódio motivou assassinato de idoso

Luiz Pereira Alves foi morto a pauladas e o corpo foi encontrado na noite de ontem (12), enterrado próximo de um córrego, em Jaraguari

Geisy Garnes | 13/02/2019 18:13
Na sequência, Anselma, Rorthiman e Maicon. Os três foram presos em flagrante e vão responder por três crimes (Foto: divulgação/Polícia Civil)
Na sequência, Anselma, Rorthiman e Maicon. Os três foram presos em flagrante e vão responder por três crimes (Foto: divulgação/Polícia Civil)

Presa por mandar o próprio filho assassinar um idoso de 75 anos, Anselma Gonzales da Silva, de 59 anos, relatou a polícia que tinha ódio da vítima e por isso pensou no crime. Luiz Pereira Alves foi morto a pauladas no dia 7 deste mês, mas o corpo só foi encontrado na noite de ontem (12), enterrado próximo de um córrego, após denúncias anônimas.

Em depoimento, Anselma confessou o crime, mas desmentiu ter planejado o assassinato para ficar com o carro de Luiz e trocá-lo por drogas. Sem detalhar os motivos, afirmou que conhecia o idoso há 25 anos e que manteve um relacionamento amoroso com ele logo no início da amizade.

A mulher contou que mesmo com o fim do relacionamento, Luiz continuou indo quase todos os dias em sua casa para “tomar tereré”. Ainda assim, segundo Anselma, tinha ódio dele e por isso teve a ideia de matá-lo. Para cometer o crime pediu ajuda do filho, Rorthiman Gonzalez da Silva, de 25 anos.

Para a polícia a mulher afirmou que o rapaz chegou a perguntar o porquê do crime, mas ela só pediu mais uma vez que ele fizesse esse “favor” para ela. No dia do assassinato, Rorthiman deixou um pedaço de madeira em um lugar de fácil acesso e mais tarde, quando Luiz chegou para tomar em tereré como de costume, o matou com três pauladas na cabeça.

Anselma detalhou que tudo aconteceu no salão da casa. Falou que Luiz conversava com eles e que no momento certo, o segurou pelo braço. O filho entendeu o que tinha que fazer e o matou. Depois, os dois enrolaram o corpo em um cobertor, colocaram no porta-malas do carro da vítima e ela voltou para limpar o local. “Lavei tudo com água sanitária e sabão em pó para não deixar vestígios”. Ela ainda ateou fogo na arma do crime.

Já de noite, os dois juntos levaram o corpo até uma área de mata, próximo de um rio, na região de Furnas do Dionísio, em Jaraguari e o enterraram. Anselma negou o envolvimento do outro filho, Maicon Gonzalez da Silva, de 19 anos, também preso pelo crime.

O rapaz prestou depoimento e contou que a mãe de fato o chamou para participar o assassinato em troca de R$ 1,5 mil, mas que negou e ainda expulsou Anselma da casa dele. Foi depois dessa cena, segundo ele, que a mulher foi morar na casa em que Luiz foi morto, no Jardim Columbia.
Na delegacia Rorthiman permaneceu calado e se negou até a assinar os documentos que registravam isso.

Entenda - O fato chegou até policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) por meio de denúncia anônima nesta terça-feira. O primeiro a ser preso, durante as investigações, foi Rorthiman dirigindo o Chevrolet Astra roubado no entorno do Jardim Colúmbia.

Indagado sobre o fato, o rapaz acabou relatando à polícia que a sua mãe, Anselma, foragida do sistema penitenciário, foi a mentora do crime. Ao contrário da versão da mãe, contou que ela ofereceu R$ 2,5 mil para que ele matasse a vítima, mas que não aceitou. Porém, a proposta foi aceita pelo irmão dele, Maicon. Segundo ele, Anselma queria dinheiro para comprar droga e comercializar no bairro. A intenção era penhorar o carro da vítima pelo valor de R$ 7 mil.

A mulher já foi presa outras duas vezes por tráfico de drogas e era foragida do regime semiaberto desde dezembro do ano passado. Maicon também tinha passagem pela polícia por porte ilegal de arma de fogo e Rorthiman duas prisões em flagrante por tráfico e furto.

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