Após a chuva, lixo acumulado em bueiros potencializa risco de enxurradas
Sem limpeza, é possível perceber o acúmulo de sujeira que só cresce nas vias públicas.
Sem limpeza regular, o que se vê em diversos pontos de Campo Grande é o acúmulo de folhas secas e lixo em torno de bueiros.
RESUMO
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A falta de manutenção regular dos bueiros em Campo Grande tem causado acúmulo de folhas secas e lixo em diversos pontos da cidade. A reportagem do Campo Grande News identificou problemas em várias vias, como nas ruas Cândida Lima de Barros, Panambi e avenida José Nogueira Vieira. Moradores e comerciantes relatam transtornos causados pelos bueiros obstruídos, como alagamentos e riscos à saúde. Na rua da Divisão, no Jardim Parati, uma comerciante menciona vazamentos constantes e odores desagradáveis. A Prefeitura de Campo Grande foi questionada sobre a programação de limpeza, mas não respondeu aos questionamentos.
A situação de obstrução do escoamento da água mostra que não há cuidado suficiente na manutenção dos bueiros na capital, os quais acumulam lixo por semanas por falta desse cuidado.
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A reportagem do Campo Grande News percorreu diversas ruas e bairros e encontrou diversos bueiros lotados de folhas e lixo. Os resíduos chegaram ao escoamento das ruas e ali ficaram.
Foi possível perceber esta situação na Rua Cândida Lima de Barros, com a Rua Panambi; na Avenida José Nogueira Vieira; na Rotatória das Três Barras; na Avenida Rita Vieira de Andrade; e na Rua Padre João Delfino, nos quais o acúmulo de entulho e lixo é tanto que um buraco surgiu ao lado do bueiro entupido.
Trabalhando próximo a um bueiro entupido, o feirante Sebastião Ivanilson Nunes, 36, que vende produtos há três anos no local, relata a ineficiência dos bueiros na cidade.
"O bueiro nem sempre está cheio de sujeira, mas o maior problema é a água que desce. A realidade é que o bueiro nunca funciona, e acho que muitos desses problemas são por conta da própria população que não cuida do descarte. Eu quase nunca vi a varrição por aqui", disse o feirante.
Para Camila Renata da Silva, 37, cozinheira, a situação da falta de limpeza nos bueiros é mais crítica próxima ao Museu José Antônio Pereira. “Há muitos bueiros entupidos, principalmente nas vielas, normalmente por folhas. Esta parte aqui inunda e a água chega a descer para o condomínio da Caixa”.
“Prejudica muito. Para quem tem moto ou carro, é muito ruim. Fica ainda pior quando chove”, conclui Camila.
No bairro Jardim Parati, Maria Aparecida Souza, que é proprietária de padaria, também descreveu os problemas causados pela falta de manutenção dos bueiros, que pode levar ao surgimento de doenças.
"Estou aqui há oito meses e o bueiro fica vazando. O cheiro, às vezes, é forte e atrapalha um pouco. Às vezes, mesmo com o sol, ele vaza água. Fica uma poça e pode causar doenças."
A reportagem questionou a Prefeitura de Campo Grande sobre o funcionamento da programação de limpeza de bueiros, sobre a existência de um plano de prevenção para evitar o entupimento em períodos de queda intensa de folhas e sobre eventuais avisos, reclamações ou alertas da população a respeito do início de entupimento de bueiros.
Em nota, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) afirmou que atua diariamente na limpeza das bocas de lobo, com 3500 pontos de atendimento por mês. Em agosto, por exemplo, foram atendidos os bairros Santo Amaro, Santo Antonio, Avenida José Barbosa Rodrigues, Avenida Rachid Neder, Avenida Prefeito Heráclito Diniz de Figueiredo. No caso da Avenida Guaicurus, foi feita a limpeza das bocas de lobo há uma semana, mas com a chuva alguns locais já foram tomados pela terra trazida pela enxurrada.
A Secretaria garante que irá intensificar os trabalhos em períodos de chuva e reforça a importância do descarte corre do lixo para evitar que sacos e garrafas de plástico e vidro obstruam os bueiros. Para solicitar um serviço de desobstrução ou reparo é possível enviar a demanda pela plataforma Fala Campo Grande e pelo 156.
Matéria alterada 24/09/2025 para adicionar nota da Prefeitura.




