ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Após matar no trânsito, administrador disponibiliza imóvel para indenização

Evelyn Souza | 14/06/2013 15:45
Diogo machado foi preso em flagrante e solto, dois meses depois (Foto: Luciano Muta)
Diogo machado foi preso em flagrante e solto, dois meses depois (Foto: Luciano Muta)
Local da colisão entre camionete e táxi, horas depois do acidente. (Foto: Simão Nogueira)
Local da colisão entre camionete e táxi, horas depois do acidente. (Foto: Simão Nogueira)

Quatro meses após o acidente, a Justiça permitiu que Diogo Machado Teixeira, de 36 anos, receba de volta a camionete Mitsubichi L-200, que ele conduzia no dia do acidente que causou uma morte e deixou dois feridos.

A decisão da Justiça também permite que Diogo utilize um imóvel, uma sala comercial, para a garantia de pagamento das possíveis indenizações do motorista do táxi, Sebastião e do passageiro, Ramon.

A decisão da Justiça, publicada na última terça-feira (11), diz que já foram efetuadas as perícias necessárias no local e no veículo. Na decisão, o juiz da 1ª vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete se manifestou favorável à restituição do bem, mas requereu a restrição da transferência do veículo, o impede a venda.

O acidente aconteceu na madrugada do dia 11 de fevereiro, no cruzamento da Avenida Afonso Pena, com a Rua Bahia, em Campo Grande. Diogo Machado conduzia o utilitário, quando atingiu um táxi. O passageiro do táxi, José Pedro Alves da Silva Júnior, de 22 anos, morreu na hora. O amigo dele, Ramon Rudney Tenório Souza e Silva, de 21 anos, e o taxista Sebastião Mendes da Rocha, de 51 anos, ficaram feridos. Ambos já receberam alta.

Segundo o advogado do administrador de fazendas, Rene Siufi, o veículo que está em poder de um depositário, deve ser retirado na próxima semana.

Diogo Machado foi preso em flagrante e solto dois meses depois. Ele pagou fiança de 101.700,00, dinheiro que será utilizado para o pagamento da indenização à família do passageiro do táxi, José Pedro Alves da Silva Júnior, que morreu no acidente.

O administrador de fazenda também está pagando pensão temporária mensal de R$ 3 mil para os dois sobreviventes. Ele teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa até o fim do processo. A liberdade provisória concedida desde no dia 4 abril, especifica que Diogo deve permanecer em casa no período noturno, compreendido entre as 20h e 6h, incluindo feriados e fins de semana.

No dia 7 de maio, a justiça ouviu três pessoas durante a primeira audiência do caso. Uma taxista, um Policial Militar e o motorista do Corolla, que também trafegada pela Avenida Afonso Pena e aparece nas imagens da colisão. O motorista do Corolla disse na audiência que ele e o administrador de fazenda furaram o sinal vermelho, mas que ele reduziu a velocidade e  Diogo, distraído, manteve a velocidade e não viu o táxi trafegando na outra via. Ele falou também que o condutor da L-200 prestou socorro aos ocupantes do táxi, um Fiat Siena.

Um policial militar lotado na Ciptran (Companhia Independente de Polícia Militar de Trânsito) também falou à Justiça. Ele disse que estava próximo ao local, ouviu o barulho da batida e foi ver o que havia acontecido. Ele relatou também, que quando chegou ao cruzamento, viu Diogo próximo às três vítimas, desesperado e em estado de choque.

Conforme o policial, o motorista da L-200 assumiu que havia consumido bebida alcoólica, aceitou fazer exame de alcoolemia, não aparentava estar bêbado e exalava odor etílico.

Uma taxista que foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local do acidente Também prestou depoimento na primeira audiência. Ela contou que estava no ponto dela e viu a camionete passando pela Afonso Pena e derrapando próximo a um semáforo.

A próxima audiência do caso está marcada para o dia 18 de junho, com testemunhas de acusação e de defesa.

Nos siga no Google Notícias