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Capital

Após meses de procura, polícia prende assaltante da região do Carandá Bosque

Ana Maria Assis | 20/01/2011 11:14
Delegado conta que preso é suspeito de mais de dez assaltos na região do Carandá. (Foto: João Garrigó)
Delegado conta que preso é suspeito de mais de dez assaltos na região do Carandá. (Foto: João Garrigó)

A PM (Polícia Militar)prendeu o assaltante Heber Moreira de Castro, 34 anos. Ele foi apresentado nesta manhã na 3ª DP (Delegacia de Polícia), em Campo Grande.

Conhecido como “Berinjela”, estava sendo procurado há meses, e só foi preso porque ao assaltar uma padaria na avenida Vitório Zeolla, um dos funcionários conseguiu sair e tirar a chave da moto que ele usava para a fuga. Heber foi preso pela PM no momento em que tentava forçar a ligação do veículo na esquina da padaria.

Heber é suspeito de ter cometido cerca de dez assaltos na região do Carandá Bosque e Mata do Jacinto, ocorrências registradas desde o ano passado, e outros boletins ainda estão em investigação para avaliar a possível atuação dele. Os indícios que levaram ao nome do autor são as características descritas pelas vítimas nos boletins de ocorrência: negro, magro, alto, usando arma de fogo, colete a prova de balas, capacete com viseira escura e capa de chuva, chegando e fugindo sozinho de moto.

O titular da 3ª DP, que fica no Carandá Bosque, Dmitri Erik Palermo, mostrou ao Campo Grande News que a ficha de Berinjela é extensa e que ele já foi preso diversas vezes inclusive por tráfico de drogas. Consta que seu endereço é na Vila Margarida e os assaltos são registrados na mesma região. O delegado afirmou que Heber será encaminhado para a Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Roubos e Furtos).

Dmitri explicou que a suspeita de que os roubos eram de autoria de Herber é antiga, no entanto, era difícil prender o suspeito devido a agilidade que a motocicleta oferece. “A moto é rápida. Em questão de minutos ele fugia. Se a viatura der uma volta no quarteirão já deixa de surpreender o suspeito”, disse.

Outros assaltos- Antes de assaltar a padaria, na terça-feira (18), Herber havia roubado celulares e outros objetos de um salão de beleza, no qual entrou no meio da tarde, abordando clientes e funcionárias. Os celulares já estão com a polícia, no entanto, os outros objetos “Berinjela” diz que perdeu durante a fuga.

Heber ainda responde por crimes registrados desde 2007, portando drogas para consumo pessoal, tráfico de drogas e roubos. Ele disse ao Campo Grande News que usa entorpecentes há 4 anos.

"Berinjela" diz que quer se "aposentar do crime". (Foto: João Garrigó)
"Berinjela" diz que quer se "aposentar do crime". (Foto: João Garrigó)

Berinjela

De início, com cabeça baixa e semblante sério, Herber negou conversar com a imprensa, e disse que só falaria “em juízo”. No entanto, minutos depois, disse ao Campo Grande News que não é o autor de todos os roubos pelos quais está sendo indiciado.

“Não tem como eu ter feito tudo isso, estou aqui há pouco tempo”, argumentou dizendo também que antes morava em Três Lagoas para trabalhar em uma empresa chamada “Metal Frio”. Segundo ele, “não deu certo” ficar lá, e então há três meses veio para a Capital onde trabalha como pintor, além de praticar assaltos sozinho.

Heber tem quatro filhos com uma mulher com quem não mantém mais relações, no entanto diz que ainda tem contato com as crianças. Ele conta que a mulher com quem morava agora está grávida de um mês, e que apenas para ela ele comunicou a prisão.

Ele nega ter envolvimento com tráfico e também afirma que nunca atirou nem machucou ninguém. O apelido “Berinjela”, conforme Heber, é herança do pai que trabalhava na Brahma e que era um homem honesto.

Ele confirmou que usava arma de fogo nos assaltos e disse que só pegava celular, dinheiro e o que achava de valor, e depois fugia.

No braço direito ele tem várias cicatrizes, marcas de um acidente de caminhão enquanto viajava com o pai que faleceu. Já no braço esquerdo ele tem várias marcas de tiro, que segundo ele, são resultado de uma “quebra de colônia”, em que ele foi abordado pela PM e “saiu correndo”.

Heber diz que agora, pretende se aposentar. “Se eu sair dessa vou parar. Quero me aposentar do crime”.

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