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Capital

Após quase 3 meses de pandemia, você é do tipo "paranóico" ou "irresponsável"?

Enquanto uns não ligam com o avanço da doença, outros vivem de luva e desinfectam tudo o que veem pela frente

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 03/06/2020 07:07
Eliana Ribeiro só sai de casa equipada com máscara, luva e álcool em gel (Foto: Henrique Kawaminami) 
Eliana Ribeiro só sai de casa equipada com máscara, luva e álcool em gel (Foto: Henrique Kawaminami)

Na rotina de uma pandemia, o equilíbrio está entre tomar as medidas de segurança necessárias, sem deixar que o medo imobilize.

Nos dois extremos entram as turmas dos “paranóicos” e dos “irresponsáveis”. O primeiro grupo é dos que se trancam em casa, vivem de luvas, desinfecta tudo o que encontram pela frente e gostam de fazer discursos catastróficos. Mas também tem os que vivem nas ruas como se nada de anormal tivesse acontecendo, sem economizar nas aglomerações.

No grupo de risco, Edson Carlos Toma, 64 anos, parece não estar muito ligado com o que está acontecendo e caminhava sem máscara, no Bairro Moreninhas, na saída para São Paulo. Ao ser questionado se não tinha medo da doença, disse que havia esquecido o acessório em casa.

“Não vou muito longe. Como moro sozinho, só saio para comprar comida e remédio. Ônibus não pego mais. Também não saio mais para passear”, justificou.

Edson caminhando na rua sem máscara, mas justificou dizendo que havia esquecido de colocar o acessório (Foto: Marcos Maluf)
Edson caminhando na rua sem máscara, mas justificou dizendo que havia esquecido de colocar o acessório (Foto: Marcos Maluf)

Do outro lado da cidade, no Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian, na saída para Três Lagoas, a reportagem encontrou a Eliana Ribeiro, dona de uma loja de embalagens no bairro.

De máscara e de luva, a comerciante fica apavorada quando alguém entra no estabelecimento sem máscara. Lá, não falta álcool em gel, nem borrifador para desinfecção. Eliana disse que faz a desinfeção até do dinheiro que pega. “Fico muito preocupada. Tenho netos pequenos.

A gente vê todos os dias nos noticiários gente morrendo por causa da doença. “Em casa ninguém entra com a mesma roupa que foi para a rua”.

Juliana Ibarra voltava da igreja com a mãe. As duas usavam máscaras e garantiram que procuram sair sempre com o equipamento (Foto: Marcos Maluf)
Juliana Ibarra voltava da igreja com a mãe. As duas usavam máscaras e garantiram que procuram sair sempre com o equipamento (Foto: Marcos Maluf)

Caminho do equilíbrio - No meio, surgem os que começam a retomar a vida, mas seguindo à rica as orientações dos órgãos de saúde, porém de forma equilibrada, cientes de que estão em meio a uma pandemia, mas sem deixar de viver, muito menos de trabalhar.

Casada com um técnico de enfermagem e mãe de duas filhas de 3 e 6 anos, a autônoma Juliana Ibarra, de 28 anos, tenta encarar os “novos tempos” com serenidade. A reportagem a encontrou com ela e a mãe, Tereza da Silva 55 anos, voltando de uma missa na igreja localizada na região das Moreninhas. As duas usavam mascarás e garantiram que saem sempre com o acessório para evitar levar o vírus para casa. “Tem gente que exagera muito nas medidas de segurança. Não é para tanto. A gente sempre usa máscara e não falta álcool em gel para a família”, contou.

Apesar de estar voltando de um missa, Juliana disse que trabalha em casa com decoração e só saí quando necessário. Se precisa ir ao mercado, apenas um vai. “Enquanto uns exageram, outros estão afrouxando nos cuidados”, lamentou. Ela confessou que não gosta muito de usar a máscara, mas coloca toda vez que vai à rua para o bem da família. Já a mãe dela, Tereza, disse que ainda está em fase de adaptação. Porém, a empresa onde trabalha, ninguém entra sem o item. "Incomoda um pouco. Mas fazer o quê? Principalmente para quem usa óculos.

O que recomendam as autoridades - A orientação tornada pública pelas autoridades, que está clara em material divulgado pelo Ministério da Saúde é de que é preciso protejer "a si mesmo e as pessoas ao seu redor conhecendo os fatos e tomando as precauções apropriadas." Siga os conselhos fornecidos pela sua agência local de saúde pública.

Os conselhos são os seguintres, para evitar a propagação da covid-19:

-Lave suas mãos com frequência. Use sabão e água ou um gel à base de álcool.

-Mantenha uma distância segura de qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando.

-Não toque nos olhos, no nariz ou na boca.

-Quando tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca com o cotovelo dobrado ou um tecido.

-Fique em casa se você se sentir indisposto.

-Se você tiver febre, tosse e dificuldade para respirar, procure assistência médica. Ligue antes de sair.

- Siga as instruções de sua autoridade de saúde local.

-Evite ir desnecessariamente a clínicas ou hospitais para permitir que os sistemas de saúde operem com mais eficiência, protegendo você e as outras pessoas.

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