Avô de vítima de queda de muro se revolta com morte “sem cabimento”
A morte já é algo difícil de aceitar, mas o fato de ser provocada pela queda de um muro na véspera do Natal torna a tragédia muito maior, dizem amigos e parentes do garoto Vittor Heduardo Benites, de 12 anos.
No velório do menino, na tarde desta quinta-feira, há muitas crianças que cresceram com Du, como ficou conhecido o estudante. Todos estavam comemorando o Natal com a família, quando ficaram sabendo do acidente na Colônia de Férias, às 19h30 de ontem.
O pai havia pedido para Vittor tomar banho e se preparar para o jantar, mas quando o menino foi pegar a toalha que estava secando no muro, a estrutura caiu sobre ele, esmagando órgãos vitais.
“É uma coisa que não tem como entrar na cabeça. Não tem cabimento. Uma criança morrer esmagada por um muro”, desabafa o avô, identificado apenas como Antônio.
O neto foi reanimado no local e chegou a ser levado para a Santa Casa pelo Samu, onde deu entrada por volta das 21 horas. Passou por cirurgia, mas como houve rompimento da aorta, não resistiu e morreu aos 20 minutos do dia de Natal.
Amigos de Vittor, que cresceram com o garoto, contaram que o amigo gostava muito de ir à igreja e cantar. A família frequentava a Congregação Cristã.
O menino Murilo Ferreira, de 13 anos, lembra que a ideia era encontrar o amigo na comemoração de Ano Novo. A família de Vittor chegou na quarta-feira e pretendia continuar na Colônia de Férias, até o Réveillon.
O garoto era filho único do segundo casamento da mãe. O irmão Marcus, apenas por parte materna, postou uma despedida logo cedo no Facebook. “Meu Natal nunca será o mesmo, uma data que seria pra ser especial está ficando na memória por uma grande perda, por um pedaço meu, eu tô falando do meu irmão, um gurizinho de 12 anos. Deus levou ele para um lugar melhor tenho certeza, ele está olhando por mim lá de cima. Mano, escuta essa: Eu vou ser engenheiro por você! Eu te amo cara, mostra pra nós que isso é só um sonho e que vamos acordar e tudo estar normal! Como fica Nossos futebolzin” (sic), comentou o rapaz.
