“Avôdrasto” que violentou irmãs por anos tem pedido de alívio da pena negado
“Ele cuida minha menstruação”, relatou uma das vítimas em depoimento sobre como pedreiro “evitava” engravidá-la
No que depender dos juízes da 1ª Seção Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso Sul, pedreiro de 35 anos condenado por estuprar as netas da mulher por anos vai cumprir, ao menos a maior parte, dos 40 anos de prisão. Ele tentou reduzir a pena, mas teve pedido negado, conforme publicado no Diário da Justiça dessa quarta-feira (10).
Os relatos das vítimas no processo contêm detalhes sórdidos de como o estuprador agia. A mais velha das irmãs, hoje com 22 anos, foi violentada dos 8 aos 15 anos, sem contar o tempo em que foi vítima de “atos libidinosos diversos da conjunção carnal”, a famosa “passada de mão”, beijo forçado, abraços maliciosos.
Conforme a investigação policial, os estupros aconteceram entre 2010 e 2017. O acusado era casado com a avó das vítimas, quando as mesmas se mudaram para Campo Grande e os abusos começaram.
Em depoimento, à época da denúncia, a mais velha relatou que o “avôdrastro” a estuprou de todas as maneiras e que nunca usou preservativo. Para evitar, que ela engravidasse, ele monitorada o ciclo menstrual da vítima. “Ele cuida quando acaba minha menstruação. Aí ele entra no quarto e faz sexo comigo. Depois no restante do mês, ele não faz na vagina", detalhou.
A irmã da adolescente, hoje com 20 anos e à época com 16 anos, contou que foi abusada desde o 8 anos e que quando ela completou 12 anos, o “avôdrasto” tentou penetrá-la, depois das inúmeras vezes a obrigou a praticar sexo oral nele.
Eu tavo (sic) dormindo. Ele foi lá pego eu no colo e levou eu para o corredor. Aí ele quis por o p... dele na minha p..., mas eu não conseguia abrir a perna”.
As últimas vezes que a meninas foram violentadas foi em fevereiro de 2017. O pedreiro foi condenado a 40 anos de prisão em março de 2018. .