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Capital

Base diz que área é privada e nega destruição de córrego

Lidiane Kober | 28/09/2013 10:53
Segundo a Base Aérea, erro da Infraero em obra de drenagem fez surgir uma voçoroca na área militar (Foto: Marcos Ermínio)
Segundo a Base Aérea, erro da Infraero em obra de drenagem fez surgir uma voçoroca na área militar (Foto: Marcos Ermínio)

Acusada por moradores do Bairro São Conrado de aterrar córrego, conhecido como Buriti Lagoa, e de acabar com a diversão da população, a Base Aérea de Campo Grande frisou que a área é militar e negou destruir o espaço. O comando, inclusive, alertou que a ocupação do local infringe os artigos 257 e 302 do Código Penal da Base e pode resultar em detenção de seis meses a dois anos.

“Essa área é militar e as pessoas não podem ficar ali”, frisou o tenente-coronel Sivieri. Ele informou ainda que o espaço não se trata de córrego, mas de uma “voçoroca” que se formou por conta de falha da Infraero em obra de drenagem da pista da Base Aérea. “A obra deveria ter terminado depois dos muros da base”, comentou.

De acordo com Sivieri, em meados de 1995, quando ocorreu o erro, havia na região cerca dividindo o terreno da Base. “Mas começou a assorear o solo e a água levou tudo”, disse. Agora, segundo ele, o local virou ponto de ocupação e até a segurança da Base está ameaçada.

“Quase que perdemos a homologação de uso da pista à noite, tamanha a quantidade de furto de lâmpadas do local”, contou o tenente-coronel. “Tudo isso porque esse ponto da voçoroca virou área de extrema fragilidade, com a invasão de ganges”, completou.

Diante da ameaça, Sivieri contou que até foi implantado serviço de monitoração permanente “para conter a invasão”. “A gente estava sem visão da área e, por meio de uma pareceria com o Exército, foi feita a limpeza da região e ocorreu uma movimentação de terra, não que a Base esteja aterrando a lagoa”, explicou. “E quem for flagrado no local, pode ser preso, de acordo com os artigos 257 e 302 do Código Penal Militar”, alertou.

O tenente-coronel, no entanto, garantiu que a intenção do órgão é viver em harmonia com a comunidade. “Não queremos prender ninguém, queremos uma convivência pacífica, mas as pessoas precisam entender da nossa responsabilidade em manter a segurança da região de fronteira, não podemos correr o risco de, por exemplo, permitir que uma aeronave seja alvo de vandalismo”, enfatizou.

Além disso, Sivieri alertou dos riscos em nadar na lagoa. “Essa água vem da pista dos dias de chuva, nem sabemos o que contém nela”, disse. “Estamos cobrando da Infraero a resolução do problema, agora, tamanho o assoreamento, será necessário um investimento milionário”, finalizou.

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