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Capital

Briga continua e artesãos têm produtos apreendidos por fiscais

Viviane Oliveira e Nadyenka Castro | 12/06/2013 17:30
Ontem eles protestaram para pedir reconhecimento como movimento cultural e patrimônio histórico brasileiro.  (Foto: João Garrigó)
Ontem eles protestaram para pedir reconhecimento como movimento cultural e patrimônio histórico brasileiro. (Foto: João Garrigó)

Um grupo de hippies que estava no canteiro da avenida Afonso Pena com a 14 de Julho, em Campo Grande, teve a mercadoria apreendida por volta do meio-dia desta quarta-feira (12) por fiscais da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e Guardas Municipais.

Os artesãos, que são conhecidos como "Malucos da Estrada", reclamam da truculência dos funcionários da Prefeitura. Há semanas eles travam uma briga com a Guarda Municipal, pelo direito de permanecerem no Centro.

Edmilson Dias, de 20 anos, uns dos alvos dos fiscais, conta que teve dois painéis de brincos e três de pulseiras apreendidos durante a ação. “A população nos aceita, a gente não entende porque isso acontece aqui”, diz, acrescentando que sem a mercadoria o jeito vai ser pintar quadros para poder sobreviver.

Ele e a esposa, Michelle Medina Vieira, de 32 anos, contam que estão há dois meses no Estado e 3 semanas em Campo Grande. Michelle, que vende touca, pulseira e faz tatuagem de henna, conta que não tem nada contra, mas eles não são vendedores ambulantes. “A gente comercializa um produto feito artesanalmente”, contesta.

Toda vez que ocorre uma apreensão, afirma Edmilson, tem que pagar multa para retirar o produto. “Da outra vez tive que pagar R$ 350 para pegar de volta um painel de brinco”, relata.

Isso é ditadura. É dessa forma que Jeferson dos Santos, de 34 anos, que há 3 anos está em Campo Grande, resume a ação dos fiscais. “Há uma semana apreenderam todo o meu trabalho”, lamenta.

Ontem (12), munidos de cartazes com frases de impacto, os artesãos de rua fizeram um manifesto para pedir reconhecimento como movimento cultural e patrimônio histórico brasileiro.

Eles aproveitaram para reivindicar audiência pública com o prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP) ou algum representante do Executivo.

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