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Câmeras ao longo de 15 km mostraram trajeto de assassinos de taxista

Duas mulheres, Rayara Laura da Silva e Stefanie Paula Prado de Oliveira, e um adolescente de 17 anos foram apontados como autores

Geisy Garnes e Marta Ferreira | 28/04/2020 18:50
Câmeras ao longo de 15 km mostraram trajeto de assassinos de taxista
Vídeos não foram liberados, mas print de uma das imagens obtido pelo Campo Grande News mostra assassinos entrando no carro.

Câmeras de segurança ao longo dos 15 quilômetros entre o ponto de partida da última corrida do taxista Luciano Barbosa, de 44 anos, até o local em que ele foi assassinato detalharam a polícia o trajeto feito pelos criminosos na noite de sábado, dia 25 de abril, e ajudaram a identificar os três envolvidos.

Duas mulheres – Rayara Laura da Silva, de 19 anos, e Stefanie Paula Prado de Oliveira, de 21 anos – e um adolescente de 17 anos foram apontadas como responsáveis pelo latrocínio.  Eles revelaram em depoimento que estavam com dificuldades financeiras e por isso decidiram então sair pela cidade para fazer roubos “aleatórios”.

Por sugestão do irmão do adolescente, que está preso, negociaram a venda de um carro por R$ 12 mil e por isso planejaram o crime. O rapaz e a amiga, Stefanie, resolveram então pedir corrida a partir do Shopping Campo Grande para assaltar o motorista. Como estavam sem o aplicativo para chamar a corrida, a namorada do rapaz, Rayara, fez isso, usando o CPF de uma quarta pessoa, um "ficante" da outra moça.

Segundo o Campo Grande News levantou, com ajuda de imagens cedidas por “empresas e pessoas”, foi possível traçar o caminho feito pelo motorista até o local em que foi assassinado. A corrida começa às 23h40, e termina 15 quilômetros depois, na região do Indubrasil, às 23h58. O carro para por apenas 40 segundos, depois faz uma rotatória e retorna pela via.

Print de uma das câmeras, em frente ao shopping, obtido pelo Campo Grande News mostra quando o casal entra no veículo. A câmera marca, então, 23h42.

Como foi - Para a polícia, o taxista foi morto quando houve a parada breve do veículo.

“Foi muito rápido”, definiu o delegado Pablo Farias, da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos), durante coletiva de imprensa nesta manhã.

O adolescente detalhou em depoimento que pediu para o motorista descer, entrar em um matagal e ajoelhar. A vítima atendeu ao pedido e mesmo assim foi executado com um tiro na cabeça. O assassino voltou para o carro, assumiu a direção e fugiu do local, deixando o corpo de Luciano às margens da BR-262.

Câmeras ao longo de 15 km mostraram trajeto de assassinos de taxista
Corpo de Luciano foi encontrado às margens da BR-262, no domingo (Foto: Paulo Francis)

Em depoimento, o rapaz relatou ainda que voltou para a cidade e no meio do caminho encontrou uma viatura da Guarda Municipal, com medo de ser seguido, entrou no Bairro Guanandi, andou por várias ruas e abandonou o táxis por lá, todo aberto e com a chave na ignição. O carro de Luciano foi encontrado no domingo, no Bairro Santa Emília, sem as rodas.

Na tarde desta terça-feira, equipes da Defurv receberam denúncias anônimas sobre a localização das rodas. Elas foram abandonadas em um terreno baldio, às margens de uma estrada de chão.

O adolescente foi apreendido pelo crime na noite de ontem. Com passagens por atos infracionais análogos a roubo, maus-tratos a criança, porte ilegal de arma e receptação, ele chegou há passar um tempo na unidade educacional de internação, mas foi liberado em março. Para a polícia, ele contou ainda que comprou a arma do crime no mês passado.

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