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Capital

Campo Grande se mexe e perde o título de mais “gorda do Brasil”

Lidiane Kober | 30/04/2014 17:28
Juliana perdeu 35 quilos e ganhou autoestima e alunos (Foto: Reprodução/Facebook)
Juliana perdeu 35 quilos e ganhou autoestima e alunos (Foto: Reprodução/Facebook)

Os campo-grandenses mudaram hábitos, passaram a se exercitar mais e a comer menos e perderam o título de “Capital mais gorda do país”, como mostra ranking do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (30).

De acordo com o Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), 52,9% dos moradores da cidade estão com excesso de peso. Em 2012, o índice era 56%. Como há dois, os mais gordinhos são os homens (55,2%). Entre as mulheres, 50,9% precisam perdem alguns quilos.

A queda do percentual tirou a Capital do topo da lista e, hoje, a vizinha Cuiabá (MT) lidera o ranking com 54,9% da população acima do peso ideal. Os mais magros se concentram em São Luiz (MA). Por lá, 41,7% estão com excesso de peso.

Já o percentual de campo-grandenses obesos chega a 17,7% contra 21%, em 2012. Também em Cuiabá reside a maior quantia de obesos (22,4%), enquanto São Luiz está novamente no final do ranking, com índice de 13,2%.

Exemplos - A personal trainer Juliana Cesco Brandão, 31 anos, é um exemplo de força de vontade. Ela perdeu 35 quilos e ganhou autoestima e alunos. “Depois de ver uma foto ao lado de minha irmã gestante e perceber que eu é que parecia a grávida, resolvi me mexer”, contou.

Isso aconteceu em maio de 2012 e, de lá para cá, Juliana mudou os hábitos. “Já praticava exercícios aeróbicos, mas os incrementei, com natação, corrida e muitas pedaladas”, relatou. Além disso, ela passou a comer de três em três horas. “Antes só almoçava e jantava muita besteira”, lembrou.

Para emagrecer, Juliana fez mais atividade física e passou a comer de três em três horas (Foto: Reprodução/Facebook)
Para emagrecer, Juliana fez mais atividade física e passou a comer de três em três horas (Foto: Reprodução/Facebook)

Questionada se deslizes ocorreram, a personal deu uma dica. “Sempre coloquei metas, vou perder tantos quilos para usar determinada roupa em um aniversário ou festa de final de ano”, exemplificou.

O professor de física da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Paulo Ricardo da Silva Rosa, 54, também mudou os hábitos e eliminou 40 quilos de janeiro de 2013 até agora. Ele, inclusive, lembra a data que tomou a decisão. “No dia do aniversário de um dos meus filhos, 7 de janeiro”, contou.

De olho na saúde, Paulo conseguiu cumprir a meta com reeducação alimentar e inclusão de atividade física em sua rotina diária. “Nunca passei fome”, destacou. “Como de tudo, mas reduzi doces, frituras e massas e aumentei a ingestão de frutas, legumes e verduras”, acrescentou.

Ao mesmo tempo, ele foi para a rua, começou caminhando cinco quilômetros. Hoje, corre até nove quilômetros e faz academia. “O resultado é mais disposição e a confiança de entrar na velhice com mais saúde”, comentou.

Aos que pedem dicas, o professor conta que o segredo é seguir conceitos básicos. “Tudo o que sabe que não deve comer, não coma; tudo o que sabe que não deve beber, não beba; todo o exercício que acha que deve fazer, faça”, afirmou.

A jornalista Jaqueline Bezerra, 39, é outro exemplo de determinação. Ela deixou no passado 16 quilos, dores no corpo e até economizou. “Emagrecer me trouxe mais alegria e mais vontade de fazer as coisas”, ressaltou.

Paulo também mudou os hábitos e deixou para trás 40 quilos (Foto: Reprodução/Facebook)
Paulo também mudou os hábitos e deixou para trás 40 quilos (Foto: Reprodução/Facebook)

Fora isso, ela deixou de gastar “horrores” com lanches na padaria e refeições em restaurantes. “Hoje, dá pra pagar academia, salão de beleza, comprar uma roupinha bacana e me sentir bem”, comemorou.

Além de fechar a boca, ela tratou de se mexer e viu dores no corpo diminuírem consideravelmente. “O exercício só não tira as dores da vida, mas ajuda a enfrentar os percalços”, destacou.

Nacional - Em nível nacional, após oito anos em ascensão, obesidade parou de crescer. A pesquisa Vigitel 2013 indica que 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal e que, destes, 17,5% são obesos. Os resultados do estudo cessam a média de crescimento de 1,3 ponto percentual ao ano que vinha sendo registrada desde a primeira edição, realizada em 2006.

A Vigitel revela ainda queda de 28% no número de fumantes e aumento da prática de atividade física e do consumo recomendado de frutas e hortaliças.

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