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Capital

Candidatos de concurso chegam tarde, perdem prova e reclamam de edital

Viviane Oliveira e Caroline Maldonado | 24/05/2015 10:34
Cerca de 200 pessoas não conseguiram fazer a prova. (Foto: Direto das ruas)
Cerca de 200 pessoas não conseguiram fazer a prova. (Foto: Direto das ruas)

Candidatos de concurso público do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) realizado neste domingo (24) reclamam da desorganização e dizem ter sido prejudicados pela falta de clareza nas informações contidas no edital. A prova foi aplicada a partir das 8h na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), em Campo Grande. O concurso oferece 10 vagas para analista judiciário.

Muitos que não conseguiram entrar protestaram no fechamento dos portões e acionaram a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que mandou um representante no local. De acordo com os candidatos, no edital dizia que o portão principal seria fechado as 7h40, no entanto, todos os portões inclusive os de cada bloco, foram fechados no mesmo horário.

Uma das candidatas, Sorraila Vieira Vilela, 24 anos, alega que não estava claro no edital o horário de fechamento dos portões. Ela conseguiu entrar pela entrada principal, mas encontrou o portão de bloco fechado. “No edital não estava muito explícito, ficou confuso. Entrei antes do horário, mas quando cheguei no outro portão estava um tumulto, ele fechou e não pude entrar”, diz.

Compartilha da mesma opinião a advogada Carla Mayara Alcântara, 27 anos. Ela reclama também que no local não havia edital impresso e nenhum representante da OAB, o que é obrigatório, segundo Carla. “Entrei pelo acesso principal em cima da hora, mas não consegui passar pelo portão de bloco”, lamenta.

O problema na opinião do assessor de comercialização Ângelo Rafael Braga da Silva, 31 anos, vai além da clareza do edital. “Um concurso grande como esse não deveria ter sido feito em um lugar só. O problema não é nem o edital, mas a logística”, reclama.

Candidata recolheu assinaturas e entrou a representante da OAB. (Foto: Fernando Antunes)
Candidata recolheu assinaturas e entrou a representante da OAB. (Foto: Fernando Antunes)

Ele acredita que a organização deveria ter se mobilizado para permitir a entrada das pessoas que conseguiram entrar na universidade, mas não chegaram a tempo nos portões de bloco. “Faltou pessoal e local para fazer um concurso desse tamanho".

O representante da OAB, Glauco Mascarenhas foi até o local a pedido dos candidatos que não conseguiram fazer a prova. Ele orientou o pessoal a fazer uma lista com nomes e telefones. O documento será entregue à Ordem. “Eu ainda não sei o que será feito, mas acho que nesse caso cabe mandado de segurança, pois no mínimo foi falha na organização”, comenta.

Na última sexta-feira, o site do TJ publicou as informações do concurso público. O texto deixa claro que a prova seria aplicada a partir das 8h e os portões fechados às 7h40. "Serão quatro horas de prova e os mais de quatro mil candidatos inscritos para disputar as 10 vagas de analista judiciário disponibilizadas devem chegar cedo, pois o acesso ao portão de cada bloco começará às 7 horas. Os portões serão fechados, impreterivelmente, às 7h40, observado o horário oficial de MS", diz o informe.

Todos os candidatos inscritos foram identificados por coleta da impressão digital. No total, foram 4.281 inscritos. A remuneração inicial da carreira é de R$ 3.782,26 para uma carga horária de 6 horas diárias.

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