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Capital

Capital já tem mais mortos em acidentes do que em 2017

Em 308 dias de 2018, foram registradas 73 vítimas fatais em acidentes, contra 70 ao longo do ano passado

Mayara Bueno | 05/11/2018 09:55
Gráfico aponta números de vítimas fatais desde 2011 até 2017. (Arte: Ricardo Oliveira).
Gráfico aponta números de vítimas fatais desde 2011 até 2017. (Arte: Ricardo Oliveira).

A cada 5 dias, uma pessoa morreu no trânsito de Campo Grande em 2018, o que equivale a um caso a cada 100 horas. O número já ultrapassa os casos registrados ao longo de 2017, quando foram 70 vítimas fatais, um caso a cada 125h. Na maioria das vezes, a velocidade foi o principal fator que causou acidentes graves.

Os dados são do comandante do Batalhão de Trânsito, tenente-coronel Franco Alan. A quantidade de batidas também assusta. Este ano, foram 8050, dos quais, 3806 não tiveram vítimas e 4171 com vítimas, além das 73 mortes.

Se comparado com o número de 2017, a violência no trânsito diminuiu este ano. Foram 8682 acidentes; 3946 sem vítimas; 4681 com vítimas e 70 mortes, em 2017. A diferença entre os dois anos são as mortes.

Gradativo – Ao longo do tempo, o número de batidas com morte diminuiu em Campo Grande, com exceção de 2018. Em 2011, foram 132 mortes; 2012, 126; 2013, 116; 2014, 112; 2015, 96; 2016, 83.

De acordo com o comandante do BPtran, os acidentes diminuíram na Capital, anteriormente, muito em virtude do aumento de fiscalização e endurecimento na legislação. Ele diz sobre mudanças no CTB (Código de Trânsito Brasileiro) em relação à Lei Seca.

Pela lei, qualquer quantidade de álcool no sangue é alvo de penalidades quando a pessoa decide somar a ingestão de bebidas alcoólicas à direção. Este ano, também foram ampliadas as penas previstas para quem provocar acidentes de trânsito que levam a homicídio culposo (sem intenção de matar) ou lesão corporal grave ou gravíssima.

Ainda assim, o excesso de velocidade é o principal fator. Do total em 2018, 5,5% envolve álcool; 23,96% tem a ver com a velocidade; 11,04% eram pessoas sem habilitação e 10,21% dirigindo na contramão.

O comandante atribuiu o aumento de batidas em 2018 à falta de um mecanismo de fiscalização. Há quase dois anos, as vias de Campo Grande estão sem radares, depois que a antiga empresa retirou os equipamentos após o fim do contrato com a Prefeitura. “O campo-grandense está se acostumando com a falta de fiscalização eletrônica (radares)”.

Um novo contrato já foi firmado e a Agetran (Agência de Trânsito) informou, anteriormente, que vai instalar os radares novamente a partir deste mês.

Local onde um homem morreu na sexta-feira (dia 2), na Avenida Coronel Antonino, na frente do Terminal General Osório. (Foto: Ricardo Oliveira/Arquivo).
Local onde um homem morreu na sexta-feira (dia 2), na Avenida Coronel Antonino, na frente do Terminal General Osório. (Foto: Ricardo Oliveira/Arquivo).

Acidentes - Caso mais recente é o da motociclista Natália de Matos Farias, 34 anos, que morreu ontem após bater o veículo no meio-fio e ser arremessada contra um pé de coqueiro.

O acidente aconteceu na rotatória que fica no cruzamento das avenidas Duque de Caxias com a Jamil Nahas, na Vila Popular, em Campo Grande. Não se sabe, por enquanto, qual foi a causa da batida.

No feriado de Dia dos Finados, o empresário Saulo Leal, 40 anos, morreu após colidir o carro que conduzia contra o guard rail na Avenida Coronel Antonino, próximo ao Terminal General Osório, por volta das 3h de sexta-feira (dia 2).

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