Capital já tem mais mortos em acidentes do que em 2017
Em 308 dias de 2018, foram registradas 73 vítimas fatais em acidentes, contra 70 ao longo do ano passado
A cada 5 dias, uma pessoa morreu no trânsito de Campo Grande em 2018, o que equivale a um caso a cada 100 horas. O número já ultrapassa os casos registrados ao longo de 2017, quando foram 70 vítimas fatais, um caso a cada 125h. Na maioria das vezes, a velocidade foi o principal fator que causou acidentes graves.
Os dados são do comandante do Batalhão de Trânsito, tenente-coronel Franco Alan. A quantidade de batidas também assusta. Este ano, foram 8050, dos quais, 3806 não tiveram vítimas e 4171 com vítimas, além das 73 mortes.
Se comparado com o número de 2017, a violência no trânsito diminuiu este ano. Foram 8682 acidentes; 3946 sem vítimas; 4681 com vítimas e 70 mortes, em 2017. A diferença entre os dois anos são as mortes.
Gradativo – Ao longo do tempo, o número de batidas com morte diminuiu em Campo Grande, com exceção de 2018. Em 2011, foram 132 mortes; 2012, 126; 2013, 116; 2014, 112; 2015, 96; 2016, 83.
De acordo com o comandante do BPtran, os acidentes diminuíram na Capital, anteriormente, muito em virtude do aumento de fiscalização e endurecimento na legislação. Ele diz sobre mudanças no CTB (Código de Trânsito Brasileiro) em relação à Lei Seca.
Pela lei, qualquer quantidade de álcool no sangue é alvo de penalidades quando a pessoa decide somar a ingestão de bebidas alcoólicas à direção. Este ano, também foram ampliadas as penas previstas para quem provocar acidentes de trânsito que levam a homicídio culposo (sem intenção de matar) ou lesão corporal grave ou gravíssima.
Ainda assim, o excesso de velocidade é o principal fator. Do total em 2018, 5,5% envolve álcool; 23,96% tem a ver com a velocidade; 11,04% eram pessoas sem habilitação e 10,21% dirigindo na contramão.
O comandante atribuiu o aumento de batidas em 2018 à falta de um mecanismo de fiscalização. Há quase dois anos, as vias de Campo Grande estão sem radares, depois que a antiga empresa retirou os equipamentos após o fim do contrato com a Prefeitura. “O campo-grandense está se acostumando com a falta de fiscalização eletrônica (radares)”.
Um novo contrato já foi firmado e a Agetran (Agência de Trânsito) informou, anteriormente, que vai instalar os radares novamente a partir deste mês.
Acidentes - Caso mais recente é o da motociclista Natália de Matos Farias, 34 anos, que morreu ontem após bater o veículo no meio-fio e ser arremessada contra um pé de coqueiro.
O acidente aconteceu na rotatória que fica no cruzamento das avenidas Duque de Caxias com a Jamil Nahas, na Vila Popular, em Campo Grande. Não se sabe, por enquanto, qual foi a causa da batida.
No feriado de Dia dos Finados, o empresário Saulo Leal, 40 anos, morreu após colidir o carro que conduzia contra o guard rail na Avenida Coronel Antonino, próximo ao Terminal General Osório, por volta das 3h de sexta-feira (dia 2).