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Capital

Capotagens viram rotina em cenas impressionantes pelas avenidas da cidade

Excesso de velocidade e uso de celular são principais causas, o que obriga mais atenção e direção defensiva

Por Gabi Cenciarelli | 11/11/2025 07:19


RESUMO

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O aumento de capotamentos em Campo Grande tem preocupado autoridades de trânsito. Segundo o Detran/MS, a maioria dos casos poderia ser evitada com o respeito às leis básicas de trânsito, como limite de velocidade e sinalização. O excesso de velocidade e o uso do celular ao volante são os principais causadores desses acidentes. Para Ivar Custódio, gestor de Educação para o Trânsito do Detran/MS, a falta de empatia entre motoristas e pedestres agrava a situação. Ele destaca que a direção defensiva é fundamental e que o veículo maior deve ser responsável pela segurança do menor, especialmente em relação aos pedestres, que são os mais vulneráveis no trânsito.

Em Campo Grande, quase todo mundo tem uma história de susto no trânsito. São carros virados em avenidas movimentadas, freadas bruscas e manobras perigosas que terminam em capotamento. O problema é tão frequente que virou motivo de piada nas redes sociais, mas, para o Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), não há nada de engraçado nisso.

Ivar Custódio, gestor de Educação para o Trânsito do Detran/MS diz que a maioria dos capotamentos poderia ser evitada se os motoristas respeitassem o básico: limite de velocidade, sinalização e atenção.

"A partir do momento em que o condutor está em excesso de velocidade, a situação de capotamento torna-se muito mais frequente. Quando ele perde o controle ou tenta desviar de um obstáculo, o carro acaba virando. Respeitando a sinalização e o limite de velocidade, dificilmente isso acontece", explicou Ivar.

Nos últimos meses, cenas de carros pendurados em muretas ou capotados em cruzamentos viraram rotina na Capital. Para o Detran, isso tem uma explicação simples: pressa e distração. "Esses sinistros, hoje não usamos mais o termo 'acidente', geralmente envolvem velocidade e falta de atenção. Um segundo de descuido é suficiente para o carro sair da rota e capotar", destacou.

O gestor lembra que, no trânsito, dirigir só por si mesmo não basta. "A direção defensiva é dirigir por mim e pelos outros. No trânsito, tudo envolve pessoas, e isso exige empatia e respeito. Quando o motorista pensa só nele, dirige de forma individualista, e o risco de um sinistro aumenta."

Além da velocidade, o celular tem sido um dos grandes vilões. "Antes, o celular nem aparecia nas estatísticas. Hoje, é protagonista. A pessoa dirige com o aparelho no colo, desvia o olhar por um segundo e isso já basta. Entre as infrações mais registradas em Campo Grande estão o excesso de velocidade, a falta do cinto e o uso do celular", afirmou.

Outro problema é o velho costume de achar que quem está no carro sempre tem a preferência. "Infelizmente, muitos acreditam que o veículo é quem manda. O condutor precisa entender que o veículo maior é responsável pela segurança do menor. O pedestre é o mais vulnerável e deveria ser o mais protegido, mas isso nem sempre acontece", explicou Ivar.

Ele lembra que Campo Grande já viveu um avanço quando o tema faixa de pedestre virou pauta de campanhas educativas há cerca de dez anos. "Melhorou muito, mas ainda há um problema cultural. O pedestre tem a preferência, mas o motorista não dá. O resultado é que o pedestre passa a se arriscar, achando que o outro vai parar."

Para mudar o cenário, Ivar acredita que o caminho é a educação e o respeito no dia a dia. "O trânsito é uma relação social. Quando o motorista pensa no outro, respeita a sinalização e evita o celular, ele reduz drasticamente as chances de provocar ou sofrer um sinistro."

No fim das contas, ele reforça que razão nenhuma vale a vida. "Estar certo nem sempre resolve. A direção defensiva é justamente evitar o pior, mesmo quando se está com razão. O importante é chegar bem. O resto é só pressa."

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