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Capital

Carro fica embaixo d'água e tem de ser rebocado no Monte Castelo

Na rua do Livramento, alagamentos são constantes e moradores tentam achar alternativas para não perder tudo

Bruna Kaspary e Thailla Torres | 09/02/2019 16:11
Carro foi carregado pela correnteza (Foto: Kisie Ainoã)
Carro foi carregado pela correnteza (Foto: Kisie Ainoã)

O temporal que atingiu o bairro Monte Castelo transformou a rua do Livramento em um "rio" na tarde deste sábado (08). Segundo os moradores da região, situações como essas são corriqueiras e, sempre que percebem que a chuva está começando eles correm para abrir as bocas de lobo, em busca de amenizar a enchente.

Em um trecho da rua, a água estava quase cobrindo as lixeiras e um carro chegou a ser levado pela correnteza. O dono do veículo tentou sair, mas não conseguiu. Ele teve ajuda do dono de uma caminhonete para rebocar o veículo.

Alguns moradores se arriscaram tentando abrir as bocas de lobo e outros aproveitaram a inundação para nadar.

A moradora Thaís Barros dos Santos, de 26 anos, conta que não é a primeira vez que um vizinho perde o carro por causa da chuva. “Teve uma vez que o dono de uma consultora de agronegócio perdeu uma Ranger porque a água passou da altura dos vidros”, explica a funcionária pública. Segundo ela, o carro estava avaliado em R$ 100 mil.

Outro morador, Lucas da Silva, de 19 anos, afirma que estava dormindo e assim que percebeu a chuva saiu correndo para abrir as bocas de lobo, um trabalho que já faz parte da rotina da vizinhança que se une para tentar conter a inundação. “Mas nem sempre dá certo. A água desce com tudo lá de cima”, comenta.

Morador tentando atravessar rua alagada. (Foto: Kísie Ainoã)
Morador tentando atravessar rua alagada. (Foto: Kísie Ainoã)

Os moradores também afirmam que já foram juntos à prefeitura para tentar achar uma solução. Durante a semana, eles se organizam para limpar os bueiros e retirar os lixos lá de dentro. “Já colocamos faixa e reivindicamos mudança, e até hoje nada”, explica Rodrigo Oliveira, de 28 anos.

Celma Lopes Ribeiro, de 66 anos, mora na rua desde 1971. “Desde aquele ano a chuva faz isso, quando era mato isso daqui tinha um córrego, mas depois que o asfalto chegou tudo continua do mesmo jeito, nada muda”, lamenta.

Da lixeira, só ficou de fora a parte de cima (Foto: Direto das Ruas)
Da lixeira, só ficou de fora a parte de cima (Foto: Direto das Ruas)
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