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Capital

Casa vira depósito de lixo e provoca medo e queixas de moradores

Mariana Lopes | 15/01/2013 08:07
No quintal da casa de Valdeci o lixo tomou conta, mas ela garante que não tem mosquito e nem outros insetos (Fotos: Luciano Muta)
No quintal da casa de Valdeci o lixo tomou conta, mas ela garante que não tem mosquito e nem outros insetos (Fotos: Luciano Muta)

Montanhas de lixo espalhadas pelo quintal. Assim é a fachada da casa da aposentada Valdeci Martins, 82 anos, localizada na rua Joá, na Vila Sobrinho, em Campo Grande. Embora ela não se importe de viver nesta situação e diga que os entulhos juntados não tragam problemas à saúde e nem contribua com a infestação de animais peçonhentos, os vizinhos dela acham ruim e afirmam que não aguentam mais o mau cheiro que vem do quintal.

Segundo Valdeci, ela compra os entulhos, entre jornal, papelão, garrafas e outros materiais recicláveis, de um depósito e revende. O problema, citado pelos outros moradores, é que ela não repassa tudo o que pega e amontoa os dejetos. "Com essa epidemia de dengue, dá medo ter uma vizinha assim. Não adianta nada eu manter meu quintal limpo", reclama a dona de casa Marilena Silva Rondon, de 63 anos.

A dona da casa rebate: "Não tem água parada aqui, então não tem como ter mosquito da dengue", garante a dona dos entulhos. Afirmação que ela própria contradiz. "Aqui tinham quatro tambores que eu armazenava água da chuva, que era usada para lavar roupa, tomar banho, lavar a louça, para economizar a água da rua, mas o vizinho esvaziou os tambores na bala", conta.

O vizinho citado, que preferiu não se identificar, confirma a história de Valdeci. "Não tinha condições de ficar aquela água parada, sem contar o lixo todo, chega no final da tarde a gente já arma a raquete e o veneno, porque não tem condições", conta. Mas a maior reclamação do morador é em relação ao mau cheiro que vem do quintal da idosa. "Cheira carniça", comenta.

Revoltados com o "lixo a céu aberto" que se transformou na Vila Sobrinho, os moradores dizem que já pediram limpeza para a Prefeitura e também já acionara o CCZ (Centro de Controle de Zoonose), mas até agora nenhuma providência foi tomada.

De acordo com os moradores, a situação perdura há pelo menos três anos. Valdeci conta que se mudou para a casa dela em 1950 e é uma das moradoras mais antigas da rua.

No portão da casa de Valdeci, o corredor com as monstanhas de lixo dos dois lados
No portão da casa de Valdeci, o corredor com as monstanhas de lixo dos dois lados
Valdeci argumenta que os tambores com água da chuva ela aproveita para laçar roupa e louças e economizar a água da rua
Valdeci argumenta que os tambores com água da chuva ela aproveita para laçar roupa e louças e economizar a água da rua
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