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Capital

Casal preso por arrastão em motéis é indiciado por morte de jovem no Coophavila

Luciana Brazil | 21/12/2012 13:42
Casal já cumpre pena no presídio pelo arrastão feito em motéis. (Fotos:Pedro Peralta)
Casal já cumpre pena no presídio pelo arrastão feito em motéis. (Fotos:Pedro Peralta)

O casal, Robério de Sá Silva, 35 anos, e Tatiane Silva da Silva, 24 anos, preso depois de assaltar três motéis em Campo Grande no dia 26 de outubro, foi indiciado também por homicídio doloso pela morte da jovem Jessica Santos de Almeida, 23 anos, encontrada morta com três tiros na cabeça, no dia 18 de outubro, em uma ciclovia, no bairro Coophavila II.

Os dois foram apresentados na manhã desta sexta-feira (21) na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), apesar de já estarem cumprindo pena no presídio.

A autoria do assassinato de Jéssica era desconhecida, mas depois de um estudo de caso feito com pelas delegadas Rosely Aparecida Molina a delegada adjunta Fernanda Mendes a morte da jovem foi desvendada.

O apelido de Robério, “catraca”, foi o que chamou a atenção das duas. “Soubemos do caso e começamos a ligar as coisas”. Um laudo balístico foi solicitado junto à perícia, já que as duas armas, dos assaltos aos motéis e do assassinato, tinham o mesmo calibre, 32.

“Nós começamos a ligar as informações e pedimos um laudo balístico da arma usada no assalto aos motéis”. De acordo com Molina, foi pedida a comparação da bala que atingiu o pé de uma atendente em um dos motéis assaltados com os três tiros na cabeça de Jéssica.

O laudo, segundo Molina, é como uma impressão digital, prova cabal do crime.

Molina e Fernanda desconfiaram do apelido e aprofundaram a investigação.
Molina e Fernanda desconfiaram do apelido e aprofundaram a investigação.

O casal e Jéssica eram usuários de pasta-base de cocaína e costumavam consumir juntos a droga. A delegada afirma que a motivação do crime foi a desconfiança de Robério em Jéssica. “Ele começou a achar que ela queria o dinheiro dele”.

Molina explica que Robério teria vendido uma casa e emprestado dinheiro a alguns amigos. Ele estaria desconfiado que Jéssica fosse roubá-lo. No dia do assassinato, os três combinaram de se encontrar para consumir a pasta-base e Robério acabou matando Jéssica.

Tatiane, segundo a delegada, teria apenas assistido o crime. Ela confirmou os fatos para polícia. Já Robério nega o assassinato. “Eu quero que prove que fui eu. Não fui eu que matei. Eu assumo tudo que faço”.

O caso foi inicialmente registrado como violência doméstica, já que havia informações envolvendo um ex-marido de Jéssica. Molina afirmou que deu sequência as investigações apesar de não ser um crime contra a mulher.

A pena de homicídio doloso varia de seis a 20 anos. Mas de acordo com a delegada Fernanda, somam-se as penas dos dois crimes.

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