Católicos ficam surpresos com papa argentino, mas aprovam Francisco 1º
O anúncio do novo chefe da Igreja Católica foi feita um dia após o início do Conclave. A rapidez na escolha do cardeal dom Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, surpreendeu católicos de Campo Grande. Eles aprovam o argentino como Papa e a expectativa é que ele seja aberto a discussões sobre assuntos polêmicos.
A motorista Nilza Aparecida Nunes, 40 anos, foi, como de costume, assistir à missa na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e lá ficou sabendo do novo papa. Ela soube que Francisco irá pastorar os 1,2 bilhão de católico em todo o mundo pelo ‘radinho’ que levou. “Que o Espírito Santo ilumine ele e que ele supere as expectativas do povo”, declarou.
“É excelente a escolha”, afirmou a jornalista Cláudia Trimarco, 46 anos, que também acompanhou o anúncio do novo papa na Igreja Perpétuo Socorro, lotada, como em todas às quartas-feiras.
Cláudia lembrou que a escolha do argentino pode representar mudanças. “É raro o papa ser de fora do ciclo europeu. A Igreja estava precisando de mudanças”, disse.
Francisco 1º é o primeiro papa latino americano e fora do continente europeu. Os dois últimos papas já tinham quebrado a tradição do dirigente católico ser italiano, já que Bento XVI é alemão e João Paulo 2º, polonês.
O pedreiro Floriano Leite Ribeiro, 75 anos, falou que não esperava que a escolha seria tão rápida e que a expectativa dele é que o Papa Francisco 1º “trabalhe mais pela humanidade e que seja mais aberto a discutir temas mais modernos”.
A discussão sobre temas polêmicos também foi citada pelo funcionário público João Carlos Murat, 38 anos. “Que seja uma pessoa aberta. Que saiba lidar com assuntos novos”.
O novo papa venceu o conclave onde eram cotados o brasileiro dom Odilo Scherer, 63 anos, representante do país com a maior população católica do mundo (124 milhões de fieis), e o italiano dom Angelo Scola.
Uma das primeiras viagens do novo papa será paraparticipar da Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em julho no Rio de Janeiro.
Em Mato Grosso do Sul, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dos 2,5 milhões de moradores, 1,4 milhão são católicos.
