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Capital

Chamado de “ruim de mira”, comerciante descarrega revólver e acerta 2 tiros

Confusão aconteceu durante a madrugada de ontem e atirador ficará preso por tempo indeterminado

Anahi Zurutuza | 15/09/2021 16:55
Caso foi registrado na Depac do Cepol. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Caso foi registrado na Depac do Cepol. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Chamado de “ruim de mira”, depois de atirar duas vezes contra desafeto, comerciante de 56 anos foi preso ao descarregar revólver 38 e acertar o rival no braço direito e pé esquerdo. Aparecido Honorato da Silva, de 56 anos, passou por audiência de custódia no fim da manhã dessa quarta-feira (15) e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva (por tempo indeterminado).

A confusão aconteceu na madrugada de ontem, no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Consta no boletim de ocorrência, que a Polícia Militar foi chamada para atender a um disparo de arma de fogo na Avenida Presidente Tancredo Neves. No local, a equipe foi informada que um motociclista em uma Honda Biz vermelha teria tentado matar outro homem.

Em rondas, os PMs avistaram a moto e a perseguiram até a Rua Graciliano Ramos, onde abordaram Aparecido Honorato, que estava com o revólver calibre 38, contendo 5 munições intactas. Ele afirmou que havia jogado a arma usada, na tentativa de matar rival durante a fuga, mas durante buscas na casa do comerciante, policiais encontraram outro revólver calibre 38, este com cinco munições deflagradas, e uma garruche calibre 32.

Em depoimento na Depac (Delegacia Especializada de Pronto Atendimento) do Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), Aparecido Honorato admitiu que havia tentado matar homem de 55 anos. Ele afirmou que os dois primeiros disparos foram feitos em legítima defesa, uma vez que o desafeto teria tentado atingi-lo com uma faca. Disse ainda que cerca de meia hora depois, atirou novamente três vezes, porque se irritou com deboche da vítima, que teria dito que ele era “ruim de mira”.

O atirador também admitiu que foi em casa trocar de arma, mas nega que o objetivo era matar o desafeto. Afirmou que apenas conversaria com o irmão do mesmo.

Aparecido Honorato responderá por cinco crimes: desobediência (por ignorar as ordens de parada da PM), posse e porte irregular de armas de fogo, tentativa de homicídio e direção perigosa.

A juíza May Melke Amaral Pentea do Siravegna decidiu manter Aparecido preso, porque ele tem antecedentes, “ainda que de longa data”, e diz ser comerciante, mas não comprovou ter trabalho lícito.

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