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Capital

Cheios de água, buracos são "jogo da memória" para motoristas

Motoristas dizem que precisam decorar onde os buracos estão, pois eles ficam "escondidos" com a chuva

Guilherme Henri e Mirian Machado | 04/12/2017 13:24
Na região do Jardim dos Estados não é difícil encontrar buracos cobertos pela água da chuva (Foto: Marcos Ermínio)
Na região do Jardim dos Estados não é difícil encontrar buracos cobertos pela água da chuva (Foto: Marcos Ermínio)

As intensas chuvas que tem atingido a Capital desde o mês passado fizeram com que buracos nas ruas que já haviam sido tapados voltassem a aparecer e o pior também contribuíram para o surgimento de novos.

O problema é encarado como “jogo da memória” pelos motoristas de Campo Grande, já que eles precisam decorar onde os buracos estão quando a água volta a cair do céu.

A situação é relatada pela moto-entregadora, Izolina da Silva Arce, 28 anos, que atua no bairro Nova Lima, região Norte da Capital. Por lá, segundo a piloto, as ruas viraram um verdadeiro “campo minado”.

Chuva contribuiu para que novos buracos surgissem nas ruas (Foto: Marcos Ermínio)
Chuva contribuiu para que novos buracos surgissem nas ruas (Foto: Marcos Ermínio)
Moto-entregadora Izolina da Silva Arce, 28 anos (Foto: Marcos Ermínio)
Moto-entregadora Izolina da Silva Arce, 28 anos (Foto: Marcos Ermínio)

“Quando chove você tem que saber onde os buracos estão, porque a água ‘esconde’ eles e se você não tiver cuidado acaba caindo em algum”, diz.

Conforme ela, um dos piores trechos da região é o cruzamento rua Zulmira Borba com a Jerônimo de Albuquerque. “O serviço de tapa buraco já passou por aqui, mas aí chove 5 minutos e eles já abrem tudo de novo”, afirma.

Opinião que é compartilhada pelo motorista Eliel Gutierrez, 42 anos. De acordo com ele, a maior prova de que as ruas estão esburacadas é o estado o veículo dele. “Suspensão no carro é lenda. Cada dia que passa aparecem mais buracos. Tem alguns que conheço há décadas. Eles chegam a ser tapados, mas com a chuva sempre voltam a aparecer”, desabafa.

Cruzamento das ruas Zulmira Borba e Jerônimo de Albuquerque (Foto: Marcos Ermínio)
Cruzamento das ruas Zulmira Borba e Jerônimo de Albuquerque (Foto: Marcos Ermínio)

Centro - E quem pensa que a situação relatada atinge apenas bairros afastados está enganado. Na região central e em bairros considerados de alto padrão o problema é o mesmo: buracos.

Na rua Rio Grande do Sul com a avenida Mato Grosso o cruzamento precisou ser sinalizado devido a um grande buraco. Na Rua da Paz, no bairro Jardim dos Estados é fácil encontrar buracos cobertos por água da chuva. O que é difícil mesmo é desviar deles já que estão por toda a parte.

É o que diz o taxista Miguel Angelo Benitez, 51 anos, que trabalha há 38 anos no volante. “Para mim os piores trechos são a rua Amazonas, Pernambuco e toda a região do Giocondo Orsi. Na semana passada mesmo eu perdi uma roda nessa ‘brincadeira’ e o prejuízo foi de R$ 700”, conta.

Na rua Rio Grande do Sul com a avenida Mato Grosso o cruzamento precisou ser sinalizado (Foto: Marcos Ermínio)
Na rua Rio Grande do Sul com a avenida Mato Grosso o cruzamento precisou ser sinalizado (Foto: Marcos Ermínio)

Chuva - Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul) pela manhã o fenômeno atingiu 30,2 milímetros entre 5 e 6 da manhã o que representa 13,4% do esperado para o mês de dezembro, que é de 224,9 milímetros.

Nesta tarde, o anúncio da forte chuva foi dado pelas “nuvens pretas” que cobriram o céu da Capital. Porém, mesmo com o “aguaceiro” o dia deve continuar quente e úmido. Assim, haverá formação de nuvens sobre o Estado deixando o tempo nublado e com possibilidade de chuva a qualquer hora do dia.

A reportagem solicitou posicionamento da prefeitura quanto ao serviço de tapa-buracos na cidade, mas até a divulgação desta matéria não teve resposta.

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