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Capital

Choque diz que usa força proporcional e não teme ser "polícia que mata"

Antes, marginais respeitavam abordagem da PM e, hoje, recebem policiais a tiros, analisa sub-comandante

Luana Rodrigues | 14/01/2016 11:00
Sub-comandante do Batalhão de Choque, major Marcus Pollet, em entrevista coletiva à imprensa na manhã de hoje(14). (Foto: Marcos Ermínio)
Sub-comandante do Batalhão de Choque, major Marcus Pollet, em entrevista coletiva à imprensa na manhã de hoje(14). (Foto: Marcos Ermínio)

Em pouco mais de 20 dias, oito pessoas apontadas como criminosas foram mortas em conflitos com policiais militares em Campo Grande. Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (14), o sub-comandante do Batalhão de Choque, major Marcus Pollet, disse que a unidade não tem receio de ficar conhecida como “uma polícia que mata”.

“Não temos esse receio, porque nossas ações de força são legais e proporcionais. A partir do momento que a polícia é repelida com força, ela vai responder com força”, disse o sub-comandante, quando questionado sobre as mortes.

Conforme Pollet, de um tempo para cá, houve uma mudança no comportamento dos criminosos e isso exigiu uma postura mais efetiva da polícia. “Há poucos anos, os marginais respeitavam a voz de abordagem da polícia, hoje em dia eles recebem com tiros. As ações da polícia dependem de como ela é recebida, ninguém está ali para atirar, mas se eles atiram, nós revidamos”, justificou o sub-comandante.

Policiais atiraram contra carro roubado, após suposto assaltante desobedecer ordem de parada, no Noroeste (Foto: Marcos Ermínio)
Policiais atiraram contra carro roubado, após suposto assaltante desobedecer ordem de parada, no Noroeste (Foto: Marcos Ermínio)
Ainda assustada, vítima contou que assaltantes disseram que iriam matá-la, caso não entregasse mais dinheiro. (Foto: Marcos Ermínio)
Ainda assustada, vítima contou que assaltantes disseram que iriam matá-la, caso não entregasse mais dinheiro. (Foto: Marcos Ermínio)

Confronto - Na madrugada de hoje (14), dois assaltantes morreram durante confronto com policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar, no Bairro Vida Nova, em Campo Grande. Rafael Silvestre da Cruz, 25 anos, e Hernandes Dias da Silva, 21 anos, teriam assaltado uma tabacaria no Bairro Nova Lima e foram reconhecidos.

As vítimas são uma mulher de 35 anos e o marido, de 28 anos. Ela, proprietária da tabacaria que fica na Rua Zulmira Borba, contou que estava no local, quando juntamente com o marido foram rendidos pela dupla.

Agressivos, os bandidos trancaram o casal no banheiro e os ameaçaram de morte. “Eles queriam mais dinheiro e estavam violentos. Diziam que iriam me matar se não entregássemos mais dinheiro”, disse a mulher. A dupla fugiu levando um veículo Gol, de cor branca, dinheiro e objetos das vítimas e da tabacaria.

Depois do crime, o casal conseguiu quebrar a porta do banheiro e acionou a polícia. Em rondas, os militares localizaram o carro, no bairro Noroeste.

O motorista, Cleberson de Souza Silva, 19 anos, tentou fugir, mas acabou parando o veículo após ter um dos pneus atingidos por tiros. Rendido, Cleberson disse que não havia participado do roubo e indicou o endereço na Rua Lina Bard, Bairro Vida Nova, onde estavam os dois assaltantes, Rafael e Hernandes, que haviam feito o casal refém.

Na residência, o comandante disse que os policiais contaram tiveram que arrombar a porta porque viram que havia alguém lá dentro, mas apesar de terem se anunciado, ninguém respondeu. Ao abrir a porta, os policiais teriam sido recebidos a tiros e revidaram.

Na sala, Hernandes teria disparado quatro vezes contra os policiais antes de ser alvejado. No quarto, Rafael também atirou duas vezes, antes de ser atingido pelos tiros dos policiais. Os dois baleados foram socorridos, porém já chegaram mortos à Santa Casa.

No local onde os bandidos morreram, a polícia disse que encontrou os objetos das vítimas e duas armas, além de 75 papelotes de pasta base cocaína. Segundo o comandante, Rafael e Hernandes tinham mais de 15 passagens pela polícia, entre elas por tráfico de drogas, roubo e até homicídio.

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