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Capital

Chuva dos últimos dias amplia voçoroca aos fundos do Hospital São Julião

Marta Ferreira e Izabela Sanchez | 13/05/2020 09:31
Buraco invadiu um pedaço da rua Lino Vilachá e engoliu grades do São Julião. (Foto: Marcos Maluf)
Buraco invadiu um pedaço da rua Lino Vilachá e engoliu grades do São Julião. (Foto: Marcos Maluf)

Os prejuízos da chuva acumulada desde a madrugada de-terça-feira em Campo Grande começam a aparecer pela cidade.  Funcionários  do Hospital São Julião, no Jardim Anache, chegaram para trabalhar nesta manhã e descobriam que a  voçoroca aos fundos do estabelecimento cresceu consideravelmente.

O “buracão” não é novidade, mas hoje engoliu 5 grades que separam o Hospital da Rua Lino Vilachá e abriu cerca de 150 metros lineares da área de 250 hectares do São Julião.

A voçoroca acabou danificando até o sistema de decantação de água da chuva, criado pela prefeitura, que agora está coberto pela areia. "Antes esse sistema tinha de 2 a 3 metros de profundidade. Hoje está completamente aterrado", diz Amilton Fernandes Alvarenga, diretor administrativo do Hospital.

A cratera começou a crescer em chuva forte de 2008, 13 anos atrás, piorou em 2009, e a a cada chuva mais densa, piora um pouco. Dentro da área estão duas nascentes do Córrego Botas.

"Já faz 5 anos que informamos que isso já estava comprometendo a estrutura do Hospital", reclama o diretor do São Julião.

 A cratera fica, também, ao lado de uma escola municipal, a Nazira Anache.

Imagem geral da voçoroca, que cresce com a água acumulada. (Foto: Marcos Maluf)
Imagem geral da voçoroca, que cresce com a água acumulada. (Foto: Marcos Maluf)

Recuperação - Segundo informado pela administração do São Julião, equipes da Sisep (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos) estão no local para avaliar a situação.

"A gente está avaliando ainda, primeiro, tem de parar de chover, enquanto chover não dá para fazer nada, depois é reaterrar e construir de novo o pavimento", explica o secretário de obras de Campo Grande, Rudi Fiorese.

Segundo ele, a erosão foi controlada por um tempo, mas voltou. "Vinha da região do Córrego Botas. É recente o avanço. Cada vez tem mais área impermeabilizadas e, com o volume de água aumentando, esses pontos ficam sensíveis, suscetíveis", comenta.

A avaliação é, com o terreno arenoso e a água acumulada, esse processo se acelera. "O ano passado a gente viu que começou avançar e fizemos contenções, uma obra de reaterro, uma pequenas bacias de retenção para diminuir a velocidade da água. Mas a longo prazo, a solução definitiva é drenar o Jardim Colúmbia e pavimentar, para a água descer tubulada até o Botas".

O problema é que a obra é cara, diz o secretário, apesar de admitir que não tem ideia de quanto custaria. "É um processo longo, a gente tem que viabilizar recursos de Brasília, a Prefeitura não tem dinheiro. É uma obra grande em parte do Jardim Colúmbia".

Nascente do Córrego fica dentro de área, hoje aterrada. (Foto: Marcos Maluf)
Nascente do Córrego fica dentro de área, hoje aterrada. (Foto: Marcos Maluf)


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