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Capital

Chuva inunda casas e causa desespero em rua do Coophatrabalho

Fernanda França e Jorge Almoas | 08/12/2010 17:57

Moradores da rua Tiruana sofrem há anos com o problema

Água invadiu a rua causando muitos prejuízos. (Foto: João Garrigó)
Água invadiu a rua causando muitos prejuízos. (Foto: João Garrigó)

A forte chuva que caiu hoje em Campo Grande voltou a causar prejuízo e a trazer desespero a moradores da rua Tiruana, no Coophatrabalho, que já convivem há anos com o problema.

Como a via tem a forma de um funil, a água chega com muita violência, principalmente nas casas de números ímpares, onde a queda é maior.

O trecho mais atingido fica entre a rua do Cafezal e a Presidente Café Filho. Toda vez que chove forte como hoje, as casas ficam inundadas e os moradores precisam lidar com a sujeira e o prejuízo que a invasão da água traz.

Aos prantos, dona Maria Elza Vera, de 60 anos, contou que cuida de oito crianças em casa e que “pela graça de Deus” os pais buscaram todas mais cedo. Três delas são bebês de colo.

Com a residência imunda de lama, ela mostrou alguns cômodos vazios, onde os móveis foram destruídos pela água durante outras tempestades. “Nem compensa comprar mais”, lamentou.

Temporal - A última grande tempestade que não sai da memória de dona Elza foi no dia 24 de janeiro. Como sua cama ficou totalmente destruída, ela passou três meses dormindo no chão.

Depois de reconstruir pelo menos quatro vezes seu muro, uma parte dele continua caída na casa.

O vendedor Roberto Aguiar teve de abandonar o serviço para cuidar da casa imunda de lama. Mesmo com uma rampa de 1,20 metro, construída na entrada da residência, a casa foi invadida pela água.

“Hoje a chuva ainda foi de dia, o duro é quando ela pega a gente de surpresa, dormindo”, disse.

Vizinha - Também moradora da rua Tiruana, Mirian Stela Campos, autônoma de 43 anos, montou uma lojinha de roupas na frente da casa. O local ficou completamente inundado.

Dona Maria Elza chora ao ver o prejuízo causado pela chuva. (Foto: João Garrigó)
Dona Maria Elza chora ao ver o prejuízo causado pela chuva. (Foto: João Garrigó)
Moradores limpam a sujeira na rua. (Foto: João Garrigó)
Moradores limpam a sujeira na rua. (Foto: João Garrigó)

O desespero maior é por conta de vários documentos, como passaportes e visto, que ficaram molhados, sem contar com vários equipamentos eletrônicos e computadores.

“Estou tão desnorteada que nem sei por onde começar a limpar”, comentou.

Moradora de uma casa de número par, mas não menos atingida, dona Francisca Pereira de Lima, de 69 anos, se assustou muito com a chuva, porque estava com crianças em casa.

“Quando começa a fechar o tempo, já sabemos que vamos ter trabalho para limpar toda a sujeira”, reclamou.

Filha de dona Francisca, Maria do Carmo de Lima, 53 anos, disse que já procurou a prefeitura, a Defesa Civil e até a Águas Guariroba para reclamar das inundações, mas não obteve resposta.

Ela conta que não há bocas de lobo suficientes na avenida Presidente Vargas, na região do Colégio Militar, e que por isso a água acaba descendo para a rua Tiruana, que é em formato de funil.

Os moradores gravaram hoje um vídeo amador, mostrando a força da água nesta rua do Coophatrabalho.

Apesar das quatro bocas de lobo na via, a água não para de invadir as casas e causar prejuízos aos moradores. Uma delas chegou a estourar com a chuva de hoje.

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