Chuva persistente alaga ruas e complica rotina de moradores
População recorre a soluções improvisadas para enfrentar lama e alagamentos

Desde a última quarta-feira (13), Campo Grande enfrenta chuvas persistentes que têm causado estragos na infraestrutura da cidade. Na manhã desta segunda-feira, a reportagem percorreu dois bairros para registrar os impactos que evidenciam problemas históricos de drenagem e afetam diretamente a rotina e a segurança dos moradores.
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Chuvas persistentes em Campo Grande desde a última quarta-feira (13) têm causado transtornos significativos em diversos bairros. Moradores enfrentam dificuldades de locomoção, com ruas alagadas e não pavimentadas, especialmente nos bairros Santa Mônica e Vila Bordon. O Cemtec indica que o avanço de uma frente fria sobre Mato Grosso do Sul intensifica as instabilidades atmosféricas. A previsão aponta para chuvas generalizadas, com possibilidade de precipitações intensas, raios e rajadas de vento, podendo ultrapassar 40 mm em 24 horas nas regiões sul, sudoeste e sudeste do estado.
No bairro Santa Mônica, na rua Lúcia Helena Coelho Maimone, onde passa a linha de ônibus do bairro e fica a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), poças de água se acumulavam nas ruas não asfaltadas. Itan Garcia, de 21 anos, relatou a dificuldade de se locomover em dias de chuva. “Essa é a única rua que não é asfaltada e, em alguns dias, fica bem pior. É complicado sair de casa, principalmente para levar as crianças à escola. Às vezes é melhor ir de chinelo para não molhar o sapato”, disse.
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Em frente ao ponto de ônibus, a bicicletaria de José Clayton da Silva, de 55 anos, também sofre com as enchentes. “No sábado, a rua alagou e a água entrou na loja. Já comprei pedras para tentar melhorar a situação. Aqui é complicado sair de casa; até para pegar um carro de aplicativo é preciso cuidado para não mergulhar no barro. É triste essa situação. Hoje, a chuva está boa, mas, quando engrossar, a rua fica alagada”, relatou.
A auxiliar de costura Jessoalda de Almeida, de 48 anos, auxiliar de costura, seguia pela Rua Pedro Pedra, próximo a Rua Alpine. “Essa rua é a melhor para andar no bairro em dias de chuva. Para não chegar toda enlameada, usamos sacolinha no pé e erguemos a barra da calça”, contou. Ela disse que na Rua Alpine a enxurrada é bem grande.
Na Vila Bordon, na Rua Brigadeiro Luiz Carlos, o autônomo Douglas Paes, de 48 anos, descreveu a situação como caótica em relação à infraestrutura. “As ruas são praticamente intransitáveis. Se não tiver um carro com tração, você atola. Até a sacolinha no pé não ajuda; o jeito é enfrentar o barrão e levar outro par de sapatos para trocar depois. Muitos pontos próximos ao córrego ficam totalmente alagados”, disse.

Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), o avanço de uma frente fria sobre Mato Grosso do Sul intensifica as instabilidades atmosféricas, deixando o tempo bastante encoberto em várias regiões do estado. As condições favorecem chuvas generalizadas e, em pontos mais isolados, precipitações intensas acompanhadas de raios e rajadas de vento.
O cenário meteorológico é reforçado pelo intenso transporte de calor e umidade, somado à atuação de áreas de baixa pressão e à passagem de cavados, favorecendo a formação de instabilidades mais fortes. Os acumulados de chuva podem ultrapassar 40 mm em 24 horas, com maior probabilidade nas regiões sul, sudoeste e sudeste do estado.
Campo Grande foi a capital brasileira que mais registrou chuva nas últimas 24 horas, segundo o boletim de acumulados divulgado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) nesta segunda-feira. A estação da cidade contabilizou 31 milímetros, colocando o município na liderança entre todas as capitais do país no período.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para obter informações sobre o cronograma de pavimentação de ruas nos bairros da cidade e aguarda retorno Abaixo, veja como ficou a situação da Rua Lúcia Helena Coelho Maimone, com a chuva do último sábado.
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