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Capital

Clube vai indenizar em R$ 5 mil cliente chamada de "quenga" por segurança

O fato ocorreu em uma das edições do baile "Domingueira" promovido pelo clube

Adriano Fernandes | 21/06/2017 16:41
Clube vai indenizar em R$ 5 mil cliente chamada de "quenga" por segurança
Fachada do Clube União dos Sargentos onde são realizados os bailes promovidos pela casa . (Foto: Arquivo)

O Clube União dos Sargentos no Bairro Amambaí foi condenado a indenizar em R$ 5 mil uma telefonista de 26 anos, que foi chamada de “quenga” por uma segurança do local, na portaria de um evento, ocorrido ainda em 2014.

De acordo com a mulher, ainda no dia 30 de março daquele ano, durante uma “Domingueira”, festa promovida pelo clube, ao tentar entrar para encontrar o pai que já estava na festa ela foi impedida sobre a justificativa de que seria prostituta.

“Essa quenga não vai entrar. Quengas aqui não entram”, teria dito a segurança. Em sua defesa, a UBSSFA (União Beneficente dos Subtenentes e Sargentos das Forças Armadas) negou a acusação da cliente do clube e informou que a mulher teria sido impedida de entrar, apenas porque não portava os documentos.

A partir do ocorrido a vítima registrou um boletim de ocorrência sobre o fato e entrou com uma ação na justiça pedindo indenização no valor de R$ 20 mil, por danos morais. A telefonista, por sua vez, não conseguiu comprovar se de fato portava o documento no dia da ofensa, mas durante o processo apresentou duas testemunhas que confirmaram as agressões.

A testemunha de defesa da segurança, prestou depoimento mas também não soube precisar sobre como teve inicio a confusão. Com base nos depoimentos o juiz Juliano Rodrigues Valentim, titular da 3ª Vara Cível de Campo Grande procedeu a ação que beneficiava a testemunha, no entanto, julgou como suficiente o valor de R$ 5 mil de indenização.

“É inegável a vergonha e a humilhação que acomete aquela que é ofendida publicamente como “quenga”  quando não o é, e, por isso, atacada por funcionária de evento público que, nesta condição, deveria zelar pelo bem-estar dos frequentadores do local e assim não o fez.”, ressaltou na decisão, proferida na última segunda-feira (19).

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