Cobrança de celular antecedeu morte de jovem na Moreninha

Os irmãos de Gabriel Assis Nunes, de 27 anos, assassinado na manhã deste domingo (28), na Vila Moreninha III, em Campo Grande, estiveram nesta tarde na delegacia para prestar depoimento sobre os fatos que antecederam a morte do jovem.

Em depoimento à Polícia Civil, um dos irmãos afirmou que, na noite de sábado foi até um ponto de venda de drogas acompanhado de Gabriel para cobrar um homem conhecido como Gordinho. A cobrança era referente a um aparelho celular que havia sido comprado anteriormente, mas que teria sido furtado do interior da residência do irmão por usuários.

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Segundo o relato, posteriormente foi descoberto que o aparelho havia sido revendido a Gordinho. No momento da cobrança, o homem saiu com o celular na mão, disse “perdeu, vai embora daqui” e, em seguida, desferiu um golpe de facão que atingiu as costas do irmão da vítima, causando lesão.

Já o outro irmão relatou que, na manhã deste domingo estava com Gabriel na esquina da Rua Bento de Souza com a Travessa das Pedras quando um veículo Volkswagen Gol, de cor branca, se aproximou e parou ao lado deles. Do carro desceu Fabrício de Lima Ferreira, de 20 anos, com um revólver cromado com cabo branco.

De acordo com o depoimento, Fabrício atingiu Gabriel com uma coronhada na cabeça e disse “vocês que são brabos né?”. Após uma breve conversa, os irmãos seguiram em direção à casa, momento em que o suspeito teria tentado atropelá-los e, sem sucesso, passou a efetuar disparos de arma de fogo de dentro do veículo. O primeiro tiro atingiu o tórax de Gabriel. O segundo disparo não atingiu o outro irmão.

Em seguida, o irmão pediu ajuda a um vizinho, colocou Gabriel, já desacordado, no veículo e o levou para atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Moreninha, onde a morte foi confirmada.

O suspeito fugiu do local e é procurado pela polícia. A equipe do GOI (Grupo de Operações Investigativas) foi acionada para realizar os levantamentos iniciais na unidade de saúde. O corpo foi encaminhado ao IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para o exame necroscópico.

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