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Capital

Com 70 fiscais para vigiar 9 mil, vigilância nega "arrocho" na Capital

Lidiane Kober | 29/04/2014 14:27

Alvo de críticas de microempresários de Campo Grande, a vigilância sanitária não aceita o título de “carrasca” e garante que ordem é orientar e só interditar em caso de risco à saúde pública. Os números, segundo o chefe de fiscalização de alimentos Leonardo Azambuja Jacarandá, falam por isso e comprovam a maneira de atuar.

“A função da vigilância é vigiar, nosso trabalho é longo de esperar pelas adequações e só tomamos a atitude de interditar em casos de falta grave, que levam risco à saúde pública”, assegurou.

De acordo com ele, são 70 fiscais para acompanhar 9 mil estabelecimentos cadastrados na Capital, dos quais 4 mil no setor de alimentos. “No ano passado, as interdições não chegaram a 20”, informou. “Em média, são 100 visitas por dia”, acrescentou.

Conforme Jacarandá, a rigidez é regra em caso de alimentos clandestinos, mal armazenados e que ameaçam a saúde do consumidor. “O objetivo não é manter o estabelecimento fechado, é cessar o risco”, frisou.

Em casos de adequações físicas, ele assegurou que o fiscal trabalha no sistema de orientação. “A vigilância trabalha com orientação, faz uma cadeia de educação”, afirmou. O chefe de fiscalização ressaltou ainda que as normas são federais. “A lei dá 30 dias para efetivar a adequação, mas a gente frisa que empresário tem direito de pedir prazo até quando quiser”, completou.

Ele admite que muitos não têm condições de cumprir as normas. Neste caso, a orientação é agir com bom senso para não gerar riscos à saúde nem acabar com o sonho do microempresário.

Uma alternativa, segundo Jacarandá, é procurar informações antes de arriscar abrir um negócio. Ele sugere estudos minuciosos das condições financeiras até mesmo para não jogar o investimento fora.

Outra possibilidade é buscar meios que facilitam a vida de quem quer ter seu próprio negócio. A vigilância, por exemplo, oferece todos os meses cursos gratuitos de higiene de manipulação de alimentos, qualificação obrigatória para abrir um estabelecimento.

Riscos – Questionado sobre a ausência de profissionais para atender a demanda e eliminar riscos à saúde, ele reconheceu que falta gente. “É ilusão achar que terá um fiscal para atender uma empresa”, declarou.

Por isso, ele pede a ajuda da população e destaca como manobra para evitar riscos seguir levantamentos epidemiológicos a fim de chegar aonde as pessoas mais precisam. “As ações são tomadas dentro dos quadros esporádicos e nos estabelecimentos com mais registro de queixas”, explicou.

Para relatar problemas basta ligar no telefone (67) 3314-9955 ou acionar o site www.capital.ms.gov.br/sesau. “Não é obrigado se identificar”, frisou Jacarandá. Hoje, em média, são recebidas de 10 a 15 denúncias por dia.

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