Com a presença de apoiadores, novo coordenador da Funai é empossado
Dioni Alcântara assume coordenação regional em Campo Grande após carta do Conselho Terena e disputa interna

Com a presença de apoiadores, Dioni Alcântara Batista foi empossado nesta segunda-feira (24) como novo coordenador regional da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) em Campo Grande. A cerimônia ocorreu na sede do órgão, na Rua Sete de Setembro, na região central e reuniu mais de 100 indígenas.
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Aos 38 anos, Dioni é indígena do povo Terena, da Aldeia Buriti, em Dois Irmãos do Buriti. Ele já ocupou cargos públicos, como agente de inspeção sanitária na prefeitura do município, além de ter atuado como professor de ciências. Sua nomeação ocorre em meio a um período de tensões e disputas internas que envolveram a condução da coordenação regional.
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A posse foi realizada após o MPI (Ministério dos Povos Indígenas) oficializar, no dia 11 de novembro, a exoneração de Elvisclei Polidório, conhecido como Elvis Terena, no DOU (Diário Oficial da União). A saída ocorreu mesmo após mobilização de lideranças que defendiam a permanência dele no cargo.
Como noticiado anteriormente, o Conselho do Povo Terena encaminhou carta ao Ministério e à presidente da Funai, Joênia Wapichana, com a solicitação de mudança no comando regional. No documento, ao qual o Campo Grande News teve acesso, o pedido foi feito por lideranças das aldeias da Terra Indígena Buriti, alegando representatividade política e protagonismo no movimento indígena estadual e nacional.
A carta também destacava que a indicação de Dioni era assinada pelo Conselho Terena em razão de a Terra Indígena Buriti reunir uma das maiores populações indígenas aldeadas do Estado. Conforme apuração da reportagem, a nomeação para cargos políticos de coordenação da Funai é vinculada ao Ministério dos Povos Indígenas e depende de anuência de lideranças.
Apesar da articulação formal, a substituição gerou reação. No dia 10 de novembro, cerca de 28 caciques de diferentes regiões de Mato Grosso do Sul ocuparam a sede da Funai em Campo Grande em protesto contra a possível troca. O grupo ainda realizou uma votação simbólica pela permanência de Elvis no cargo.
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