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Capital

Com deboche, preso descreve farra do celular em presídios de Campo Grande

Em vídeo, detento descreveu como funciona a distribuição de celulares dentro dos presídios da Capital

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 08/07/2020 20:48


Durante uma audiência através de videoconferência no fórum de Campo Grande, nesta última terça-feira (07) um detento descreveu em tom de deboche como funciona a distribuição de celulares dentro dos presídios da Capital.

No vídeo adquirido pelo Campo Grande News o preso, ainda não identificado, chama de “pica-pau” o outro detento que fica responsável pela entrega dos aparelhos no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande).

Conforme apurado pela reportagem o “pica-pau” que também é chamado de "correria", é o preso que fica solto nós pavilhões ajudando em serviços internos.

“Ele é que traz esse telefone ai, agora a forma de colocar eu não sei. Quem distribui os telefones ali é o pica-pau”, ele conta ao promotor do Ministério Público, dando risada e com o cabo do fone na boca.

Ao ser questionado pela juíza se os celulares tem acesso à internet ele responde dando gargalhadas. “Nós tem tudo, acesso a tudo que a senhora pode imaginar e mais um pouco”, diz o detento.

Com a ajuda do “pica-pau” o jovem conta que teria até conseguido a transferência do Instituto Penal. “Como a polícia começou a ir lá (pavilhão) tirar nós todo dia ele pegou e arrumou um jeito, da forma dele, de eu ser transferido para a Máxima”, conta o rapaz.

Do presídio de Segurança Máxima, ainda conforme a gravação, o detento diz que foi transferido para o CT (Centro de Triagem) e depois retornou para o Instituto Penal. “Eu ‘tô’ aqui de novo, entendeu. Eu ‘tô’ no pavilhão 1 aqui no solar dos ‘trabalhador’”, encerra a filmagem.

A reportagem questionou a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) sobre o depoimento do detento, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.

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