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Capital

Com mais de 700 homens nas ruas, mutirão de limpeza deve ir até amanhã

Mariana Lopes e Filipe Prado | 12/11/2013 16:32
Equipe da Prefeitura ajuda famílias na limpeza das casas no bairro Atlântico Sul (Foto: Cleber Gellio)
Equipe da Prefeitura ajuda famílias na limpeza das casas no bairro Atlântico Sul (Foto: Cleber Gellio)

Depois da tempestade que atingiu Campo Grande na noite de ontem, esta terça-feira (12) foi dia de limpar as ruas e arrumar os estragos. Para isso, a Prefeitura realiza um mutirão que conta com 720 homens, e os trabalhos de limpeza devem ir até amanhã, segundo o secretário de Infraestrutura, Semy Ferraz.

No total, foram mais de 23 árvores caídas por toda a cidade, com prejuízo maior na região do bairro Santo Amaro. “Hoje tiramos o grosso e desobstruímos as ruas, mas a limpeza de galhos que tiveram que ser podados ficará para amanhã”, relata o secretário.

O mutirão também faz o trabalho de retirar a lama de pontos que sofreram alagamentos, como é o caso do bairro Paradiso, na saída para Rochedinho, onde a água da chuva quebrou o muro de um condomínio e invadiu 20 casas. No mesmo bairro, a enxurrada também arrancou, de ponta a ponta, o asfalto da Rua Frutuoso.

De acordo com o chefe operações da Defesa Civil, Hélio Queiroz, os maiores problemas registrados na noite de ontem e início da madrugada de hoje foram nas avenidas da Capital.

A quantidade de chuva que caiu em Campo Grande alagou a avenida Ernesto Geisel em dois pontos principais, um com a Rachid Neder e outro com a Mascarenhas de Moraes. Próximo à avenida Mato Grosso, o volume de água da chuva também foi grande e seis carros ficaram presos na água, abandonados pelos motoristas.

No bairro Zé Pereira e Coophatrabalho casas ficaram destelhadas, e hoje a Defesa Civil passou o dia doando lonas para famílias que tiveram danos materiais nos imóveis. Das 20h de ontem até às 12h de hoje, foram mais de 100 metros distribuídos.

Além desse trabalho, a Defesa Civil também faz vistorias nas residências mais afetadas, para identificar se alguma corre o risco de desabar e se é necessário o isolamento do imóvel.

Apesar dos estragos espalhados pela Capital, o Corpo de Bombeiros ou a Defesa Civil não registrou feridos.

Casas alagadas - Na Vila Popular, próximo ao viaduto, foram oito casas alagadas com a chuva desta segunda-feira. No cemitério Cruzeiro, a força da enxurrada e o vento derrubaram aproximadamente 50 metros do muro.

No bairro Atlântico Sul, 10 casas também foram alagadas e estão debaixo de barro. Uma das residências atingidas foi a do vigilante Daniel de Oliveira Lima, 27 anos, que perdeu boa parte dos móveis, roupas e alimentos.

Hoje, a Prefeitura foi até às casas e firmou o compromisso de ajudar as famílias. No caso de Daniel, ele ganhará outra casa alugada e também será ressarcido pelos móveis que foram danificados, como cama, fogão, geladeira.

Ontem, por volta das 23h, a chuva forte derrubou o muro da casa e a água carregou a esposa dele até o portão da frente do terreno. Daniel também perdeu a moto que usava para trabalhar. “Por sorte, consegui tirar meus dois filhos de dentro da casa a tempo, parecia filme de terror, na hora pensei que fosse morrer”, relata Daniel.

Na tarde de hoje, o vigilante, junto com uma equipe da Prefeitura, retirou os móveis que sobraram da casa e levariam para a residência da sogra dele. “A Prefeitura me prometeu que até o final da tarde de hoje teriam a casa para eu morar, estou no aguardo”, diz Daniel.

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