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Capital

Com medo de fechar a cada avanço da covid, lojas esquecem feriado

Manhã de feriado foi de ansiedade dos comerciantes para tentar recuperar vendas no comércio do Centro e bairro

Paula Maciulevicius Brasil e Jhefferson Gamarra | 21/04/2021 12:57
Com medo de fechar a cada avanço da covid, lojas esquecem feriado
Comerciantes dizem que precisam recuperar queda nas vendas. (Foto: Marcos Maluf)

Na tentativa de recuperar a queda nas vendas nas duas semanas em que Campo Grande viveu o que comerciantes insistem em chamar de "lockdown", lojistas abriram as portas confiantes no movimento neste feriado.

Nas ruas do Centro, as lojas de grandes redes, como Magazine Luiza, Pernambucanas, Americanas, Riachuelo e Gazin funcionavam normalmente. Entre os pequenos comerciantes, muitas óticas resolveram não abrir.

Com medo de fechar a cada avanço da covid, lojas esquecem feriado
Gerente, Jéssica diz que movimento até está surpreendendo. (Foto: Marcos Maluf)

Gerente de uma loja de acessórios e cosméticos, Jéssica Andrade, de 27 anos, conta que o estabelecimento está atendendo na esperança de equilibrar as vendas. "Tivemos queda de 50%. Em tempos normais, já abriríamos no feriado, mas hoje é para tentar recuperar a semana passada", explicou.

Com equipe reduzida, Jéssica fala que o movimento está até bom. "Tem entrado bastante gente na loja, não esperava isso", comenta.

Vendedor em uma loja de celulares, Donizete Tavares, de 40 anos, diz que o reflexo do fechamento está sendo sentido até agora. Outro ponto que ele faz questão de elencar é quanto a intenção de compra dos clientes.

Com medo de fechar a cada avanço da covid, lojas esquecem feriado
Com equipe reduzida, loja tem tido movimento de clientes que aproveitaram feriado. (Foto: Marcos Maluf)

"O movimento caiu muito pela questão do auxílio que no começo o pessoal estava recebendo e agora não vai. Só vai voltar ao normal mesmo se as coisas melhorarem, se é que um dia isso vai acontecer", desabafa.

A esperança dele é a vacina, mas que ainda está longe de alcançar um grande número de pessoas.

"Não adianta fechar o comércio e não fiscalizar as festas clandestinas, porque o comércio está seguindo as regras de biossegurança e quem acaba sendo prejudicado somos nós, os trabalhadores", opina.

Com medo de fechar a cada avanço da covid, lojas esquecem feriado
Vendedor de churros, Edinaldo está vendo o pessoal mais pagar conta do que gastar. (Foto: Marcos Maluf)

Vendedor de churros, Edinaldo Gomes, de 41 anos, voltou ao ponto de rotina no Centro. Próximo à loja Riachuelo, na esquina das Ruas Barão do Rio Branco e Dom Aquino, ele resume que não pode ficar parado.

"Fiquei duas semanas fechado, coloquei o carrinho na moto e saí pelos bairros vendendo. Tenho um monte de conta pra pagar, aí resolvi abrir hoje aqui", diz.

Só que para ele, a movimentação está sendo de gente que também precisa pagar contas. "Muita gente está vindo pagar mesmo, se eu soubesse que o movimento ia ser fraco, teria continuado nos bairros, que deu mais venda".

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