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Capital

Com portão e guarda, Santa Casa fecha “postão” e vai regular pacientes

A unidade deixará de ser “portas abertas” à demanda espontânea

Aline dos Santos | 26/05/2017 10:29
Portão vai controlar acesso de pacientes na Santa Casa. (Foto: André Bittar)
Portão vai controlar acesso de pacientes na Santa Casa. (Foto: André Bittar)

Os pacientes do Pronto-Socorro da Santa Casa vão ser recepcionados por portão, guarita e guarda a partir de segunda-feira (dia 29). O hospital estreará um novo modelo de atendimento no local, que agora foi rebatizado de Urgência e Emergência.

A unidade deixará de ser “portas abertas” à demanda espontânea. Ou seja, só vai atender pacientes que passaram pela regulação ou casos urgentes. O fim do “postão” é uma exigência da prefeitura para novo contrato com o hospital, o maior do Estado.

“Vai ter guarda 24 horas orientando e o portão abrindo para as ambulâncias e carros particulares em caso de urgência e emergência. O Pronto-Socorro sempre foi porta aberta e tem sido um drama ao longo do tempo. Ninguém quis tomar providências para não ser antipático, mas o município não pode pagar e a Santa Casa não pode se endividar mais”, afirma o diretor-presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Esacheu Nascimento. A entidade administra a Santa Casa.

De acordo com ele, a prefeitura vai manter uma equipe de regulação no local. Os pacientes que podem ser atendidos em outras unidades serão distribuídos pela rede de saúde do município.

Pelo acordo, a prefeitura vai manter um veículo para fazer transporte do paciente que não tiver condições de se deslocar para o posto de saúde e UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Conforme Esacheu, os termos de uma nova parceria para que a prefeitura repasse recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) são analisados pelas equipes técnicas. “Espero que tenha chegado a uma conclusão do contrato em breve”, diz.

Pronto-Socorro tem nome novo: Urgência/Emergência. (Foto: André Bittar)
Pronto-Socorro tem nome novo: Urgência/Emergência. (Foto: André Bittar)

Aditivo – Segundo a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), há uma portaria desde fevereiro para que a Santa Casa não atenda mais demanda espontânea. Agora, o paciente vai passar pela análise da equipe do hospital.

Caso seja classificado como azul ou verde (menor gravidade), será encaminhado para a equipe de regulação da Sesau, que vai fazer contato com as outras unidades de saúde e encaminhar o paciente.

Quanto à disponibilização de um veículo, a secretaria informa que a possibilidade é avaliada. Caso seja oferecido, será para pessoas com dificuldade de locomoção. A orientação considera que se a pessoa chegou à Santa Casa pode se valer do mesmo meio de transporte para ir a outro posto de saúde.

Com uma prorrogação de contrato válida até junho, a Sesau deve fazer um novo aditivo com validade de 30 dias.

Números – De janeiro a abril, 33.439 pacientes passaram pelo pronto-socorro, numa média diária de 278 pessoas. Foram atendidos 1.940 doentes a mais que no mesmo período de 2016, quando 31.499 foram recebidos e tratados na emergência do hospital.

Atualmente, o hospital recebe mensalmente R$ 20 milhões. Sendo R$ 14 milhões do governo federal, R$ 4 milhões da prefeitura e R$ 2,5 milhões do governo do Estado. (Matéria editada às 11h24 para correção de informação)

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