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Capital

Mesmo com posto, moradores sofrem com emergência de saúde no Los Angeles

Paula Maciulevicius | 19/07/2011 20:22

População tem apenas uma unidade que funciona através de agendamentos, emergências só nas Moreninhas ou Universitário

Mesmo funcionando, posto não atende emergências de vizinhos, que precisam andar caçando médicos.(Foto: João Garrigó)
Mesmo funcionando, posto não atende emergências de vizinhos, que precisam andar caçando médicos.(Foto: João Garrigó)

Apesar do posto de saúde bonito e em funcionamento, os moradores do bairro Los Angeles, na Capital, sofrem em caso de emergência de saúde. Como doença não manda recado, eles acabam tendo que se deslocar até as Moreninhas ou o Universitário para serem atendidos.

Toda essa via sacra tem um motivo, o posto atende somente através de agendamento e não funciona 24 horas, encerra o expediente por volta das 17h e abre apenas de segunda à sexta-feira.

Por se tratar de uma unidade básica de família, o atendimento segue à risca a regra e deixa os moradores na mão.

O promotor de vendas Paulo Eduardo Rabelo, de 22 anos, afirma que se precisar de posto de saúde imediatamente é preciso se deslocar. “Aí torna até longe pelo fato de que tem aqui no bairro, porque precisa ir lá nas Monreninhas”, diz.

Morador fala que bairro já merecia um posto de saúde 24 horas. (Foto: João Garrigó)
Morador fala que bairro já merecia um posto de saúde 24 horas. (Foto: João Garrigó)

A manicure Renata Aparecida de Moraes, de 23 anos, confirma que nem adianta procurar ali e que o posto funciona apenas como marketing político. “É só de fachada, faz de conta mesmo”.

Na residência vizinha do posto, depoimentos de quem já teve que pagar pelo menos R$ 30 reais para ir até um médico. “Tem que ir pras Moreninhas, para nós é mototaxi ou táxi e um gasto com a gasolina”, afirma o autônomo Cose Demião Ferreira Cruz, 50 anos.

“Seria ótimo se tivesse um 24 horas aqui, mas eles dizem que a população é pequena ainda. Não sei qual tipo de população eles estão querendo, com tanto conjunto novo saindo, pelo menos um já era para ter”, argumenta o morador João Batista de Mates, de 52 anos.

Quando interrogados se agora, depois das 17 horas conseguiriam atendimento. A família da dona Maria Auxiliadora da Cruz Custódio, 55 anos, responde “só indo nas Moreninhas e é assim mesmo, meu Deus do céu”, diz que pede por atendimento próximo de onde mora.

Ela mesma diz que usou o posto vizinho esses dias, depois de marcar uma consulta 20 dias antes. “Mas doença não tem hora, e aí tem que esperar todo esse tempo?” questiona.

“Seo” João Batista vai mais além e compara a administração da cidade e do estado com a seleção brasileira. “Nós temos dois médicos a frente, tanto prefeitura como governo, parece a seleção, de que adianta cinco estrelas se erra os penaltis?” finaliza.

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