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Capital

Com problema no abastecimento, moradores estocam água desde terça

Águas Guariroba corre contra o tempo para consertar a principal bomba do poço na Moreninha 3

Alan Diógenes | 05/02/2015 17:53
Moradores estão armazenando água para fazer atividades do dia-a-dia. (Foto: Alcides Neto)
Moradores estão armazenando água para fazer atividades do dia-a-dia. (Foto: Alcides Neto)
Evanice que vende lanches tem dificuldade para fazer os alimentos. (Foto: Alcides Neto)
Evanice que vende lanches tem dificuldade para fazer os alimentos. (Foto: Alcides Neto)

Moradores dos Bairros Moreninhas I, II, III e IV enfrentam problemas no abastecimento de água desde terça-feira (5). A bomba do principal poço que abastece o bairro, localizado na Rua Ribeira com a Avenida Baobá, no Moreninhas III queimou e a população já começou a armazenar água para o banho e alimentação.

A técnica de enfermagem Marlene Dionísio, 49anos, chegou a comprar um tambor de água pelo valor de R$ 25 para fazer comida e lavar a roupa suja, que já acumulou. “Deserto não é, no Saara, é aqui no Moreninhas. O pior é que pago alto pela conta de água, algo em torno de R$ 204. A água vem mais forte durante a noite, é quando eu abasteço as garrafas pets para usar durante o dia”, comentou.

Para não acabar com a brincadeira dos filhos e netos, que estão de férias, Marlene está usando a água da chuva para encher a piscina. “A água da chuva cai do telhado direto em um tambor e depois eu despejo na piscina. Também estou usando essa água para limpar a casa e o quintal”, mencionou.

A autônoma Evanice Rosa de Souza, 50, proprietária de um carrinho de lanches, enfrenta problemas para fazer os produtos, com a falta de água. “Ela tá vindo picado sabe e não dá pra fazer nada. Atrapalha a gente que trabalha com lanches pela rua. Precisamos tomar banho e precisa de água para lavar os alimentos e prepará-los. Sem falar que a roupa suja só está amontoando”, destacou.

Quem está lucrando com a falta de água é o comerciante Paulo Sosti, 59, que vende garrafas de gelo. Antes do problema ele vendia 15 garrafas, agora vende 25. “Estou racionando água em galões para encher as garrafas, por que minha caixa só consegue armazenar 200 litro. Mas tá bom, melhor do que estar em São Paulo, por lá o pessoal está tendo até que se mudar de casa por conta da falta de água”, apontou.

Na casa de Marlene, roupa suja acumulou e ela teve até que comprar água. (Foto: Alcides Neto)
Na casa de Marlene, roupa suja acumulou e ela teve até que comprar água. (Foto: Alcides Neto)
Nilva reclama do valor da água que chega a R$ 300 nas Moreninhas. (Foto: Alcides Neto)
Nilva reclama do valor da água que chega a R$ 300 nas Moreninhas. (Foto: Alcides Neto)

A aposentada Nilva Freschi, 62, que mora no Moreninhas II também reclamou do valor da tarifa de água. “Pago RS 320, mas gasto muito pouca água. Moro com uma filha e um neto de 10 anos, mas ela é professora e fica o dia todo fora de casa e o menino vai cedo pra escola e a tarde dorme, não temos como gostar tudo isso. Sem falar que a emprega lava uma vez o quintal e duas vezes lava a roupa na semana, ou seja, o preço da água não condiz com o consumo”, explicou.

Na tarde desta quinta-feira (5), 11 trabalhadores trabalhavam na troca da bomba queimada por uma nova. A Águas Guariroba informou que a conclusão do trabalho está prevista para hoje.

Enquanto isso, os bairros estão sendo abastecidos pelo sistema Lageado, que é interligado ao sistema de reservação que fornece água às Moreninhas. Com esta medida de contingenciamento, o nível do reservatório e a pressão da água estão normalizados em toda a região.

A concessionária afirmou ainda estar à disposição para prestar informações ou esclarecimentos necessários pelos telefones 0800 – 642-0115 ou 115.

Bomba de posto de abastecimento queimou e homens tiveram que fazer a troca do maquinário. (Foto: Alcides Neto)
Bomba de posto de abastecimento queimou e homens tiveram que fazer a troca do maquinário. (Foto: Alcides Neto)
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