Consórcio Guaicurus atribui crise no transporte à inadimplência
Empresa aponta falta de repasses essenciais para salários, o que pode paralisar os serviços segunda-feira
Após a aprovação da greve geral pelos motoristas de ônibus, o Consórcio Guaicurus, responsável pela operação do transporte coletivo urbano em Campo Grande, se posicionou sobre a situação.
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O Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo em Campo Grande, atribui a crise no setor à Prefeitura, alegando inadimplência nos repasses de pagamentos essenciais como vale-transporte e subsídios. A empresa afirma que a situação compromete sua capacidade de honrar compromissos financeiros básicos. A crise resultou na aprovação de uma greve geral pelos motoristas, programada para 15 de janeiro. Mais de 200 funcionários, que estão há sete dias sem receber salários, participaram da decisão. O Consórcio alerta que a paralisação afetará significativamente a mobilidade urbana na cidade.
Em nota enviada ao Campo Grande News, na manhã desta quinta-feira (11), a empresa explicou que a grave crise financeira vivida pela operação é decorrente da inadimplência nos repasses devidos pelo Poder Público, que tem impactado diretamente o cumprimento de suas obrigações contratuais e financeiras.
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Segundo o Consórcio, "o atraso e a iminente ameaça de paralisação são causados pela grave crise financeira imposta ao Consórcio, decorrente da inadimplência nos repasses devidos pelo Poder Público."
A empresa destacou que os pagamentos essenciais, como vale-transporte, subsídios e outros componentes tarifários, não estão sendo efetuados de maneira regular, o que compromete a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do sistema.
Também foi informado que, apesar de um acordo com a Prefeitura, "a tarifa não está sendo praticada, pois os repasses necessários não estão sendo efetuados de maneira adequada e nos valores devidos."
Em relação à operação do sistema, a empresa alertou que "sem o fluxo de caixa necessário, o Consórcio está impossibilitado de honrar obrigações financeiras essenciais, como folha salarial e 13º salário dos colaboradores, custos operacionais básicos (combustível, manutenção da frota e encargos)."
Além disso, o Consórcio fez um apelo às autoridades competentes, pedindo que "as autoridades competentes ajam com a máxima urgência para regularizar os débitos em atraso." A empresa ressaltou que, caso os pagamentos não sejam regularizados, os trabalhadores poderão interromper suas atividades legalmente, conforme o Artigo 624 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
"O não cumprimento destas obrigações contratuais e salariais, que derivam de um compromisso que envolvia o Poder Concedente, pode resultar na interrupção total dos serviços," alertou o Consórcio.
Por fim, a empresa reforçou que a falta de regularização compromete não apenas a continuidade dos serviços, mas também o bem-estar dos trabalhadores e da população, alertando que a paralisação "afetará drasticamente a mobilidade urbana e a vida dos cidadãos de Campo Grande."
Procurada pela reportagem, a gestão municipal ainda não se manifestou sobre essa situação. O espaço está aberto para esclarecimentos.
Greve - Está marcada para a próxima segunda-feira (15) a paralisação dos motoristas do transporte coletivo de Campo Grande. A decisão foi deliberada em assembleia do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande). A decisão foi tomada por mais de 200 motoristas que chegaram aos pátios para iniciar o turno de trabalho, mas estão há 7 dias sem receber o salário, previsto para ter sido pago no dia 5 de dezembro.
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