ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 32º

Capital

Defesa de réus pela morte de Wesner diz que denúncia contraria depoimentos

Amanda Bogo | 19/07/2017 16:00
Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 30. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 30. (Foto: Reprodução/ Facebook)

A defesa de Thiago Giovani Demarco Sena, 20 anos, e Willian Henrique Larrea, 31, acusados de introduzir uma mangueira de ar comprimido no ânus de Wesner Moreira da Silva, 17 anos, e que morreu em decorrência dos ferimentos da agressão em fevereiro deste ano, afirma que a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual por homicídio doloso contraria os depoimentos prestados pelos réus.

Em nota enviada à imprensa na tarde desta quarta-feira (19), os advogados Francisco Guedes Neto, Ricardo Trad Filho e Assaf Trad Neto afirmam que se opõem porque a denúncia está “divorciada do depoimento da vítima e da declaração da única testemunha ocular do caso”.

Os advogados continuam em nota pontuando que o resultado pericial “na ótica da defesa, é manifestamente contraditório, confuso, e dissociado da verdade. O laudo foi categórico em dizer que não havia nenhum ferimento na parte íntima da vítima – situação que colide frontalmente com a afirmativa imaginaria de que os réus teriam introduzido a mangueira no interior do corpo do menor”.

Ao decorrer do texto, ainda, os réus informaram que irão comparecer em todos os atos processuais solicitados sempre “com deferência e boa-fé processual”.

Denúncia - A denúncia feita pelo MPE por homicídio doloso contra Thiago e Willian foi aceita pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, na semana passada. 

Almeida acatou a argumentação da Promotoria, de que o crime foi cometido sem o consentimento da vítima. “Larrea e Sena aproveitaram-se do porte físico, seguraram Wesner pelos braços impedindo-o de fugir e depois ligaram o compressor de ar e introduziu a mangueira”, diz a denúncia.

Caso - Quem fez a denúncia contra a dupla foi o primo da vítima, de 28 anos, na sexta-feira (3), mesmo dia do crime. No relato à delegacia, o rapaz disse que o adolescente “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens o agarrou e o dono do estabelecimento inseriu a mangueira de ar comprimido no ânus do garoto.

Wesner teve hemorragia grave e uma parada cardiorespiratória na Santa Casa nesta terça-feira (14). Segundo a assessoria de imprensa do hospital, onde o adolescente de 17 anos estava internado há 11 dias, ele morreu às 13h35 desta terça-feira (14) depois que médicos tentaram reanimá-lo por 45 minutos.

Nos siga no Google Notícias