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Capital

Devastados por temporal, moradores do Portal Caiobá agradecem pelo sol

Na área considerada invadida, chuva arrancou lona de barracos e deixou famílias desabrigadas

Guilherme Henri e Anahi Gurgel | 08/10/2017 13:47
Valéria de Andrade Oliveira, 24 anos (André Bittar)
Valéria de Andrade Oliveira, 24 anos (André Bittar)

Na rua Poética, no Portal Caiobá - região sudoeste de Campo Grande - a única coisa que os moradores não conseguiram ouvir foi poesia depois do temporal de ontem (7) que devastou os barracos que ali estão. Lama, telhas quebradas, as poucas roupas e colchões completamente encharcados dão o tom do que hoje é reconstrução.

Batizada como “Alfavela” pelos próprios moradores, a área que é considerada invadida abriga cerca de 80 famílias. Delas, ao menos cinco viram com olhar de desespero a chuva e o vento levar em instantes o que um dia foi erguido com sacrificio. 

Wellington e a mulher Emídia Maria Gonçalves Barbosa, 57 anos (Foto: André Bittar)
Wellington e a mulher Emídia Maria Gonçalves Barbosa, 57 anos (Foto: André Bittar)
Telhas quebras na rua Poética, do Portal Caiobá (Foto: André Bittar)
Telhas quebras na rua Poética, do Portal Caiobá (Foto: André Bittar)

Porém, mesmo diante da trágica situação, a grávida de sete meses e já mãe de um menino de dois anos, Valéria de Andrade Oliveira, 24 anos, esboçava um largo sorriso ao contar, que precisou correr com os filhos e o marido quando a lona, que era o teto do seu barraco foi levada pela chuva. “Fiquei muito assustada e chorei muito. Corremos para procurar abrigo no barraco da minha sogra, mas voltamos para dormir aqui aqui, mesmo com tudo molhado”, detalha.

O sorriso, segundo ela, era em agradecimento ao sol, que ajuda a secar o pouco que tem. Além disso, também anuncia a trégua da chuva, que dará tempo para que reconstrua o que ela chama de lar.

Valéria e seu filho João, de 2 anos (Foto: André Bittar)
Valéria e seu filho João, de 2 anos (Foto: André Bittar)

A situação não foi diferente para o casal Wellington Gomes Silvestre, 60 anos, e sua esposa Emídia Maria Gonçalves Barbosa, 57 anos, que precisaram colocar um plástico em cima do colchão encharcado de água para conseguirem dormir. “Foi muito rápido. O telhado foi arrancado de uma vez. Desesperada, minha filha correu para o banheiro, que é o lugar mais protegido da nossa casa e ficou abrigada lá com meu netinho”, contou o idoso, sobre a jovem de 21 anos que mora com o casal.

Já para Paula Corrêa da Silva, 25 anos, o temporal deixou mais do que um rastro de destruição. “Fiquei tão assustada, que depois qualquer ventinho me deixava apreensiva. Foi horrível. Meu filho estava dormindo quando os tijolos e a viga que sustentavam o telhado caíram e por pouco não acertaram Miguel [filho]”, relata.

Paula Corrêa da Silva, 25 anos, e seus filhos (Foto: André Bittar)
Paula Corrêa da Silva, 25 anos, e seus filhos (Foto: André Bittar)

Ajuda - E o que restou para eles e muitos outros moradores do “Alfavela” foi compartilhar o pouco que tem para que aos poucos consigam reerguer as moradias improvisadas antes da próxima chuva.

Lá, não é difícil encontrar quem empreste aos “vizinhos” telhas, mão de obra, boa vontade e conforto. Porém, não tem sido suficiente, pois há quem não tenha nem o que comer.

Serviço – Para fazer doações os interessados podem entrar em contato pelos telefones: (67) 9 9305-7621 (Valéria); (67) 9 9170-0910 (Wellington e Emídia) e (67) 9 9178-7615 (Paula).

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