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Capital

Domingo alivia na lotação, mas testa paciência de quem espera 1h pelo ônibus

Reportagem percorreu alguns pontos neste domingo onde usuários garantiram preferir contar com a frota cheia

Por Jéssica Fernandes e Clara Farias | 18/05/2025 16:26
Domingo alivia na lotação, mas testa paciência de quem espera 1h pelo ônibus
Usuários do transporte coletivo aguardam em ponto da Avenida Afonso Pena. (Foto: Osmar Veiga)

Até nos dias que prometem ser um alívio diante da alta demanda da semana, depender do transporte público não deixa de ser um estorvo. Com o esvaziamento causado pela ausência dos estudantes e dos trabalhadores que batem ponto de segunda a sexta, os ônibus são, de fato, mais tranquilos aos domingos. Ainda assim, é preciso muita paciência para esperar quase uma hora e meia pelo ônibus que leve ao próximo terminal ou direto ao bairro.

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A reportagem destaca os desafios enfrentados pelos usuários do transporte público em um domingo, quando a demanda é menor, mas a espera pelos ônibus se torna mais longa. Com a redução da frota, passageiros como Eurico, Maria e Zalba relatam esperas que variam de uma hora a uma hora e meia, evidenciando a precariedade do serviço. Os relatos mostram que, apesar da tranquilidade nos ônibus, a falta de opções e a demora nos horários tornam a experiência frustrante. Usuários preferem utilizar o transporte durante a semana, quando há mais frequência e horários definidos, ressaltando a necessidade de melhorias no sistema de transporte coletivo.

A reportagem percorreu, na tarde deste domingo (18), alguns trechos da cidade que são ponto de parada do transporte coletivo. Na região central, o cenário era mais do mesmo nas avenidas Calógeras, Afonso Pena, Treze de Maio e 15 de Novembro. Nos bancos, esperavam um ou, no máximo, quatro usuários. Quando não, apenas um, isolado, de ambos os lados da via.

É nesse cenário solitário que Eurico de Assis Diogo, de 73 anos, aguardava a sua vez de voltar para casa. No ponto da Praça Ary Coelho, na Treze de Maio, o aposentado contou que não costuma usar o transporte coletivo aos domingos. A exceção foi causada por uma visita a um amigo.

Domingo alivia na lotação, mas testa paciência de quem espera 1h pelo ônibus
Eurico espera, sozinho, no terminal de transbordo da Praça Ary Coelho. (Foto: Osmar Veiga)
Domingo alivia na lotação, mas testa paciência de quem espera 1h pelo ônibus
Aposentado relata que tempo de espera pelo ônibus é maior aos domingos. (Foto: Osmar Veiga)

Apesar da calmaria da tarde, ele não deixa de apontar a questão dos horários. “Eu uso pouco o transporte público no domingo. Hoje vim na casa de um amigo no centro. No domingo é mais tranquilo, mas como são 50% a menos de ônibus, acaba demorando mais”, afirma.

Há alguns quilômetros dali, no ponto do Shopping Campo Grande, na Avenida Afonso Pena, Maria Eduarda Negromonte, de 31 anos, também enfrentava a sina de esperar o ônibus chegar, o aguardado 086. “Eu moro na Júlio de Castilho, então aqui eu pego o 86 e demora mais ou menos uma hora”, conta.

Empregada como supervisora, a moradora vai além ao comentar sobre a demora provocada pela redução da frota em dias como o domingo. “No domingo eles estão mais vazios por causa da demanda, não tem o pessoal do horário comercial. Mas também tem a demora, eles demoram entre uma hora, uma hora e meia, dependendo de onde você mora. Se você mora mais afastado, então ele vai demorar mais”, pontua.

Domingo alivia na lotação, mas testa paciência de quem espera 1h pelo ônibus
Maria Eduarda prefere o movimento dos dias de semana para andar no coletivo. (Foto: Osmar Veiga)

No  caso dela, é possível fazer uma baldeação entre duas linhas, ou seja, Maria não depende apenas do 086 para o trajeto diário. A possibilidade faz com que em até 40 minutos, se não tiver atrasos ou imprevistos na linha, ela consiga chegar em casa.

Maria é enfática ao dizer que prefere a rotina de segunda a sexta, quando há mais opções de ônibus e horários definidos. “Eu prefiro pegar o ônibus durante a semana porque tem mais e é um horário”, destaca.

Na outra ponta da cidade, Zalba Martins, de 58 anos, vivia o dilema entre esperar mais um pouco ou chamar um carro por aplicativo. “Pegar ônibus no domingo é muito difícil. Eu, por exemplo, estou há mais de meia hora esperando o Moreninhas (061)”, desabafa.

Domingo alivia na lotação, mas testa paciência de quem espera 1h pelo ônibus
No ponto da Avenida Costa e Silva, Zalba Martins aguardava o 061. (Foto: Osmar Veiga)

Auxiliar de cozinha, ela estava na Avenida Costa e Silva, sentido Terminal Morenão. Experiente quando o assunto é transporte público, Zalba depende do serviço todos os dias e garante que nenhum deles alivia. “No domingo a demora é muita. Nos dias de semana, o problema é a superlotação. E, como é muito lotado, o ônibus vai parando em todos os pontos”, relata.

Na Avenida Gury Marques, perto de um atacadista, Mirian dos Santos, de 42 anos, conta que, em alguns dias, passa até duas horas no transporte público. “Geralmente eu trabalho à noite e saio às 6h da manhã. Aí é bem difícil no domingo, viu? É questão de uma hora esperando”, diz.

Devido ao trabalho, ela depende de várias linhas para se locomover entre diferentes regiões da cidade. Por isso, reforça que a situação está precária. Outra queixa é em relação aos atrasos. “Às vezes você acha que vai passar em um horário, não passa, e você acaba chegando atrasado no serviço”, conclui.

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