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Capital

Dona de loja que esculhambou cliente ataca PM: “dei emprego a vários”

Rafael Ribeiro | 10/02/2017 10:28
Marilene: "policiais não deviam se meter em troca de roupa de uma loja, mas caçar bandido" (Foto: Marcos Ermínio)
Marilene: "policiais não deviam se meter em troca de roupa de uma loja, mas caçar bandido" (Foto: Marcos Ermínio)
Loja reabriu normalmente na manhã desta sexta-feira, um dia após a confusão (Foto: Marcos Ermínio)
Loja reabriu normalmente na manhã desta sexta-feira, um dia após a confusão (Foto: Marcos Ermínio)

A comerciante Marilene Murad, 55 anos, presa na tarde de quinta-feira (9) junto da irmã após serem acusadas de brigarem com uma cliente e desacatarem policiais militares em sua loja de roupas, na Avenida Calógeras, região central de Campo Grande, atacou a atuação da PM no atendimento do caso. Ela reabriu o estabelecimento nesta manhã após o ocorrido.

Segundo a comerciante, os policiais já chegaram no local dispostos a arranjar confusão. “Foi abuso da autoridade que eles pensam que tem”, desabafou Marilene ao Campo Grande News, dentro da loja. “Troca de roupa em loja não é assunto para eles (PM) se meter. Vieram aqui para provocar. Algo premeditado.”

Em seu relato dos fatos, a comerciante diz que nunca passou por algo do tipo antes com policiais. “Ate porque já empreguei vários como segurança aqui na loja”, denunciou.


“Eu recolho impostos, dou mais de 20 empregos e fui tratada de forma agressiva. Não vendo droga, não roubou. Isso é assunto de polícia. Será que eles também entram na favela assim”, indagou Marilene.


De acordo com a Polícia Militar, uma cliente, que teve o nome preservado, chamou a corporação depois de tentar trocar, e não conseguir, peças de roupas que havia comprado na quarta-feira (8) na loja. As roupas não serviram e a mulher queria escolher outras peças, mas foi impedida pelas donas.


Durante a confusão, a cliente chamou a PM, que ao chegar no local diz ter sido recebida com xingamentos e ofensas por parte das irmãs.


Conforme a PM, alterada, as comerciantes teriam xingado os policiais de “bandidos de farda” e ainda feito ameaças, dizendo que eram poderosas e iriam “dar um jeito neles”.


Diante da situação, os policiais deram voz de prisão às irmãs, que foram encaminhadas à Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), onde devem ser autuadas por injúria, ameaça e desacato.


Marilene e a irmã prestaram depoimento e responderão o processo em liberdade. Nesta manhã, ela disse que não irá procurar a Corregedoria da PM para agir contra os policiais que atenderam o caso em sua loja. “Para mim não tem jeito, a maior Justiça é a de Deus. Um dia eles vão pagar pelo que fizeram com uma trabalhadora”, apontou.

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