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Capital

''É horrível se sentir impotente'', diz mulher agredida em briga de trânsito

Mulher foi agredida a socos e chutes depois de reduzir velocidade do carro para tentar estacionar carro; autor seria agente da Polícia Federal

Kerolyn Araújo | 03/04/2019 09:58
Briga ocorreu na Rua Dom Aquino, perto da Padre João Cripa. (Foto Marina Pacheco)
Briga ocorreu na Rua Dom Aquino, perto da Padre João Cripa. (Foto Marina Pacheco)

Impotência. Esse é o sentimento de uma mulher de 38 anos, que foi vítima de agressão no trânsito de Campo Grande no fim da tarde de ontem (2). Ao tentar estacionar o carro na Rua Dom Aquino, a condutora foi agredida a socos e chutes desferidos pelo condutor de uma caminhonete que seguia logo atrás. No carro com ela, estavam as duas filhas e a babá das meninas.

Ao Campo Grande News, a vítima que era horário de pico e estava dirigindo devagar à procura de uma vaga para estacionar. Atrás, seguia o condutor de uma caminhonete Ford Ranger.

''Ele buzinou e colou o carro dele na traseira do meu com luz alta. Eu fui para a faixa do meio e depois para outra porque estava procurando vaga. Ele parou atrás de mim e não me deixou estacionar. Quando vi ele já estava na minha janela perguntando se eu estava de sacanagem com ele e me chamando de vagabunda", contou.

Segundo a vítima, a babá e as filhas se assustaram com a abordagem e ela resolveu descer do veículo. ''Saí do carro e pedi que ele me respeitasse. Ele tomou uma distância e me deu um chute na virilha, depois um soco no ombro e outro no rosto", detalhou.

Sem ter o que fazer, a vítima gritou por socorro e pessoas que passavam pelo local interferiram na situação. ''Ele veio pra cima mesmo vendo as crianças no carro. Nem isso fez ele parar. Fiquei sem reação, sem saber o que fazer. É horrível você se sentir impotente", disse.

A vítima acredita que a situação resultou em agressão física porque ela é mulher. "Não tenho dúvidas disso. O machismo que existe ainda é muito latente e a mulher ainda sofre muito com isso". Ela também acredita que o problema teria sido ainda maior caso as partes estivessem armadas.

''Ter uma arma nessas horas não é algo que poderia ajudar. Qualquer reação minha, com arma ou não, ele queria brigar. Se eu mostro arma, ele tem uma também e é mais rápido do que eu? Não tinha o que fazer".

Após as agressões, o homem fugiu do local. Ele foi identificado pela placa do carro, mas não foi localizado. Conforme apurado pelo Campo Grande News, o autor seria um homem de 58 anos e agente da Polícia Federal.

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