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Capital

Efeito cascata atrasa e cancela voos há quatro dias na Capital

Justificativa das companhias aéreas é de que o mau tempo em São Paulo, desde a última quinta-feira (13), é a principal causa do impacto

Danielle Valentim e Bruna Kaspary | 17/12/2018 08:28
Situação do saguão do Aeroporto de Campo Grande. (Foto: Bruna Kaspary)
Situação do saguão do Aeroporto de Campo Grande. (Foto: Bruna Kaspary)

O Aeroporto Internacional de Campo Grande registra atrasos e cancelamentos de voos desde a última quinta-feira (13). As justificativas apresentadas pelas companhias aéreas são diversas, mas a principal causa do efeito cascata seria o mau tempo em São Paulo, local de maior ponto de conexões nos últimos dias.

Os problemas com as condições climáticas na capital paulista começaram na última quinta-feira e, desde então, aeroportos de diversas cidades do Brasil têm sofrido impactos.

Na sexta-feira (14), atrasos em Campo Grande envolveram a Latam e a Gol. Latam informou problemas meteorológicos e queda de sistema e a Gol atraso em rota. Uma das leitoras do Campo Grande News embarcava em voo com destino final Cancún, no México.

No sábado (15), passageiros da companhia aérea Latam enfrentaram problemas com o cancelamento de voos que sairiam de Campo Grande com destino a São Paulo. Mais uma vez, o problema meteorológico na metrópole foi a justificativa da empresa.

Só naquele dia, a Latam informou que 54 voos foram cancelados. Em nota a empresa informou que “busca regularizar as suas operações fortemente impactadas recentemente por meteorologia adversa em São Paulo, o que gerou “efeito cascata” em sua malha aérea”.

Josinete e a família aguardando novo embarque, desta vez pela Latam. (Foto: Bruna Kaspary)
Josinete e a família aguardando novo embarque, desta vez pela Latam. (Foto: Bruna Kaspary)

Nesta segunda-feira (17), passageiros da Azul permaneceram uma hora dentro da aeronave, quando foram convidados a sair, devido a problemas técnicos na aeronave. O referido voo tinha o destino final o Aeroporto de Vira Copos, mas a primeira conexão aconteceria em Campinas.

A pedagoga Josinete Mollick de Araujo, de 45 anos, levou os dois filhos, João Paulo, de 16 anos, e Maria Isabel, de 19, para embarcar a uma viagem com destino a Natal. Ela só soube do ocorrido, nos primeiros minutos, porque decidiu ficar e ver a decolagem. O voo dois adolescentes sairia de Campo Grande as 3h com chegada para as 14h.

“A sorte que não fui para casa se não ficariam aqui sem suporte nenhum. Eu subi ao mirante e vi funcionários indo e voltando embaixo da aeronave e estranhei que já estava muito atrasado. Demoraram uma hora para dizer o que estava acontecendo. Eles já estavam assistindo filme achando que iam decolar”, disse.

Josinete afirma que não foi assistida pela Azul e teve de remarcar as novas partidas pela Latam sozinha. A Azul só teria esse mesmo trajeto amanhã. Uma outra passageira que veio da Bolívia chegou a chorar com a informação”, disse.

A assessoria de imprensa da Azul informou que cancelamento se deu após uma manutenção não-programada. A aeronave que realizou o voo AD5703 (Campo Grande – Campinas) registrou atraso na decolagem. A Azul esclareceu, em nota, que prestou toda a assistência necessária a seus clientes, conforme prevê a resolução 400 da Anac, lamenta eventuais transtornos ocorridos e ressalta que ações como essa são necessárias para conferir segurança a suas operações.

Além de fiscalizar a prestação de serviços no setor, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) elabora normas, certifica empresas, oficinas, escolas, profissionais da aviação civil, aeródromos e aeroportos. A reportagem indagou a assessoria sobre quais regras as companhias devem seguir nesses casos, mas ainda não obteve retorno.

Editada às 10h20 para inclusão de retorno*

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