Em dia de manifestação, pais exercem a cidadania junto aos filhos
A manifestação contra o governo Dilma Rousseff (PT) e a corrupção no país atraiu várias famílias para a avenida Afonso Pena, em Campo Grande. Muitas aproveitam para, além de expor a indignação com a situação política nacional, tentar mostrar aos filhos o atual contexto social do Brasil e formas de exercer a cidadania.
Entre as famílias que foram ao protesto, que já ocupa 14 quadras da Afonso Pena, está a do empresário Ricardo Castilho, de 35 anos. Ele e a esposa foram à avenida com os dois filhos, um de três anos e meio e outro de seis meses. "Estou cansado dessa corrupção e da forma como é feita a política em geral no Brasil", desabafa.
Ele também conta que não viu na última manifestação nacional tantas pessoas nas ruas como nesse domingo (13). "Isso mostra que as pessoas estão indignadas", comenta. Para ele, o momento também é oportuno para explicar ao filho mais velho sobre a situação do país. "Ele me pergunta o que está acontecendo. Eu explica que o país está passando por uma crise, etc. O garoto tem um pouco de ciência do que ocorre".
Já a economista Regiane de Oliveira, 38 anos, trouxe a filha de sete meses para a manifestação. Apesar da pouca idade, ela crê ser importante a participação das duas. "Ela também vai fazer parte da história do país. Na outra manifestação vim só olhar, mas dessa vez vim para manifestar meu repúdio contra a corrupção", frisa.
Conforme a PM (Polícia Militar), cerca de 60 mil pessoas participam da manifestação em Campo Grande. Já organização do evento, o Movimento Reaja Brasil - que abriga cerca outros 52 grupos -, estipula em 150 mil o número de participantes.
